Notas do Pinheiro

Jornalismo Analítico

quinta-feira, julho 15, 2010

Hillary condena ataques terroristas à mesquita xiita

Los Angeles (EUA) - A secretária de Estado Norte-americano, Hillary Clinton, condenou nesta Quinta-feira, 15, os "horrorosos" atentados contra uma mesquita xiita no Irã que deixaram pelo menos 21 mortos e cerca de 100 feridos, dentre eles membros da Guarda Revolucionária.

"CONDENO nos termos mais firmes os ataques terroristas de hoje que miraram iranianos em uma mesquita na província iraniana do Sistão-Baluchistão", disse Hillary em uma declaração à Imprensa. A secretária também pediu que os responsáveis sejam castigados.

UM pouco depois dos dois atentados simultâneos na principal mesquita xiita da cidade de Zahedan, capital da província, o grupo sunita rebelde sunita Jundollah assumiu a autoria dos ataques, em resposta à morte do seu líder, Abdolmalek Rigi, que foi executado pelo governo em Junho. Em um e-mail à emissora de TV Al Jazeera, os militantes afirmaram que os bombardeios tinham como alvo uma reunião da Guarda Revolucionária na cidade de Zahedan.

O GOVERNO da República Islâmica do Irã acusa os governantes dos Estados Unidos da América (EUA) e do Reino Unido da Grã-Bretanha de apoiar o Jundollah para enfraquecer o governo iraniano e também diz que o grupo é ligado à rede terrorista Al-Qaeda. Especialistas, porém, dizem que não há relação entre os dois grupos.

Uso recorde da web nas operações bancárias

Los Angeles (EUA) – O FATO, constatado em estudo do Banco Central do Brasil (BC), de que a Internet se tornou o principal meio de acesso aos serviços bancários no País retrata as mudanças no modo de vida dos brasileiros e, sobretudo, a notável capacidade de adaptação do sistema bancário, que vem superando com muita eficiência situações inesperadas e às vezes francamente desfavoráveis.

A PARTIR do avanço do uso doméstico de computadores pessoais (PCs), em razão do aumento da renda dos brasileiros, era previsível que, como ocorreu em outros países, a participação da Internet nas operações bancárias no País cresceria continuamente. Esse estudo do BC mostra que, em 2009, a web foi o meio mais utilizado pelos brasileiros para utilizar serviços bancários, superando, pela primeira vez, o uso dos caixas eletrônicos, chamados de terminais de autoatendimento e conhecidos pela sigla ATM.

COMO há anos ocorre aqui nos Estados Unidos da América (EU) e na Europa, essas operações a distância trazem, sem dúvida, benefícios para as duas partes: o cliente e o banco. O conforto, a segurança e a rapidez da operação realizada a partir da mesa de trabalho ou do computador doméstico facilitam a vida do correntista. Evitam o deslocamento até a agência e, sobretudo, o tempo de espera nas filas. Em termos operacionais, por isso, os ganhos do usuário são expressivos. No ano passado, quase 50 milhões de correntistas utilizaram essa forma de acesso aos bancos no Brasil. É um número 66% maior do que o registrado em 2008, quando 30 milhões utilizaram a Internet.

O USO dos serviços bancários à distância ou sem a necessidade da presença de um funcionário do banco produz outro ganho muito relevante, em termos de redução de custos, mas este ganho pouco beneficiou os usuários, pois está sendo apropriado quase inteiramente pelas instituições financeiras que atuam no País.

HÁ anos os bancos vêm desestimulando - em alguns casos, de maneira acintosa -, a presença de clientes nas suas agências, com o objetivo de reduzir seus custos operacionais, por meio do corte de pessoal. O uso das ATMs foi um importante passo nesse sentido. Além do maior uso da web, outro passo foi a regulamentação dos correspondentes bancários - lotéricas, supermercados e farmácias, por exemplo -, onde o correntista pode fazer saques e pagar contas.

COM isso, vem caindo o número de operações com cheques ou realizadas nas próprias agências. Até 2006, as operações nas agências ocupavam o segundo lugar no total das transações bancárias, superadas apenas pelas realizadas nas ATMs. A redução, estimulada pelos bancos, da ida dos clientes às agências tem permitido a redução também das instalações bancárias e do quadro de pessoal. Estima-se que, hoje, o total de bancários seja menos da metade do que havia no início da década.

SÃO notórios os ganhos dos bancos com a redução dos custos de suas operações. Em entrevista ao à nossa reportagem, o economista e professor do Centro de Excelência Bancária da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eduardo Diniz, lembrou uma pesquisa do governo norte-americano, que mostrou que uma operação realizada através da web custa, para o banco, apenas 1% da mesma transação realizada na agência. "Fica muito claro por que a internet é incentivada", conclui Diniz.

A INFORMATIZAÇÃO dos serviços bancários foi fortemente estimulada na década de 1980, para dar às operações a velocidade necessária para os bancos aumentarem sua lucratividade num ambiente de alta inflação. A estabilidade da moeda (com a introdução do real) cortou essa fonte de lucro e exigiu dos bancos a oferta de novos serviços - prestados com a cobrança de tarifas elevadas -, e a redução drástica de seus custos, o que resultou em milhares de demissões de pessoal no setor bancário. A concentração do sistema bancário, em parte forçada pelo uso mais intenso da tecnologia de informação que nem sempre as instituições menores podiam oferecer, reduziu a competição no setor, que a entrada de grandes grupos estrangeiros não conseguiu restabelecer.

MESMO sem mais competição, os bancos oferecem operações mais rápidas e seguras e estenderam seus serviços para áreas antes não atendidas. Mas não dividem os ganhos de produtividade com seus clientes.