Notas do Pinheiro

Jornalismo Analítico

sábado, outubro 16, 2010

Ministro do TSE manda Google suspender do Youtube vídeo ofensivo ao PT e à candidata Dilma - O Globo Online

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Serra Presidente: Propostas para Minas Gerais

Ao lado de Dilma, Lula percorre BH para tentar reagir à ofensiva de Aécio em favor de Serra - O Globo Online

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Acertando os ponteiros

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Para debaixo do tapete

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Para emocionar

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A BR é uma mãe

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Preparem-se para os 15 dias mais sujos da história política brasileira!

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'Fui extorquido na Casa Civil', conta deputado - Brasil - Notícia - VEJA.com

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Dilma acredita em Deus? Quem entender a resposta merece uma vaga no Paraíso

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Dilma: nesta eleição nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória!

Visão turva

RIO DE JANEIRO – PARECE que nós brasileiros iremos às urnas neste segundo turno eleitoral, no próximo dia 31, com uma visão turva sobre o que pretende fazer o futuro governante em ações econômicas de alcance mais abrangente para o País. Em campanha marcada pela multiplicidade de meios de comunicação engajados na eleição e o massivo e agressivo (bom e mau) uso da internet, os candidatos até o momento se calaram em relação a temas fundamentais para o futuro do Brasil. Em compensação, foram pródigos em promessas. Casa própria, água e esgoto tratados para 100% dos pobres, aumentar o valor real do Salário Mínimo, ampliar os programas sociais, criar milhares de creches, escolas e centros profissionalizantes, qualificar professores, construir hospitais e centros de atendimento à saúde em todos os municípios, eliminar prazos para consultas médicas e cirurgias, garantir segurança em favelas e áreas de risco, combater as drogas, etc... Enfim, as mesmíssimas e velhas promessas para problemas velhos da parcela mais pobre, mais ingênua, mais desinformada e mais explorada da população, por todos e quaisquer candidatos em campanha eleitoral. De tão banalizadas e repetidas, são recebidas com desconfiança e ceticismo.

E SOBRE o que calaram os candidatos? Eles esconderam seus programas econômicos. Aqueles que, passado o pleito, são tratados com absoluta prioridade pelo vencedor, justamente porque miram diretrizes e ações mais importantes, definem prazos e cronograma de propostas ao Congresso Nacional e planejam as principais medidas do governo que será empossado em 1.º de Janeiro de 2011.

É FATO que o triunfo nas urnas é o que dá força política ao novo governante para executar ou fazer aprovar no Congresso Nacional propostas impopulares, mas absolutamente necessárias para fazer prosperar a economia e equilibrar as contas públicas. Convém, pois, delas tratar logo nos primeiros dias de governo. Foi assim com Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), em 1995, e com Luiz Inácio da Silva (PT-SP), em 2003, embora os dois tenham recuado e conseguido muito pouco. É o caso das reformas da legislação política, tributária, previdenciária e trabalhista, que patinam há 16 anos e não são resolvidas.

A REFORMA da legislação política é a mais difícil, porque mexe em interesses de deputados federais e senadores da República que irão votá-la. Ao simplificar o emaranhado de impostos, a tributária é temida pelo governo federal, governadores de Estado e prefeitos municipais que receiam perder arrecadação. A mais incompreendida, a reforma da legislação previdenciária, enfrenta a oposição de idosos (que nem são atingidos), sindicatos de trabalhadores e servidores públicos, todos gritando para o Congresso Nacional rejeitá-la. E a reforma trabalhista, que poderia modernizar regras e incluir trabalhadores excluídos de direitos, é vetada por sindicatos. São todas impopulares, mas absolutamente necessárias.

OUTRO tema ignorado pelos candidatos presidenciais na campanha eleitoral deste ano é o que farão para remover os entraves que elevam o custo de produzir no Brasil. Aí sobressai o investimento em infraestrutura, a despolitização das agências reguladoras setoriais, definição de projetos prioritários, marcos regulatórios bem construídos e regras estáveis para atrair o investimento privado. Hoje é comum navios esperarem durante semanas para desembarcar mercadorias, por insuficiência de portos bem equipados no País. Essa demora eleva o custo Brasil, o preço final dos produtos. A mesma carência existe em relação a rodovias, ferrovias e hidrovias. E o que fará o novo governante com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tão enfraquecida no governo Luiz Inácio da Silva (2003-10)? A LRF ajuda a conter os gastos e equilibrar as contas do presidente, governadores e prefeitos. Haverá um programa organizado e com metas definidas para reduzir despesas públicas e redirecionar verbas para investimento em saneamento, por exemplo?

ALIÁS, no quesito gestão fiscal, é bom que se esclareça que a candidata com mais chance de vitória neste momento, Dilma Rousseff (PT-RS), é a que mais suscita dúvidas e preocupações. Ela acionará o freio para arrumar as finanças públicas e conter a explosão de gastos de custeio, a expansão acelerada da dívida, os aportes excessivos de dinheiro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)? Ou a busca frenética de popularidade política (o viés caudilhista) vai continuar alimentando ações irresponsáveis empreendidas pelo lulopetismo? E seu estilo intervencionista vai prevalecer para impedir o Banco Central do Brasil (BC) – a autoridade monetária do País -, de elevar os juros?

SÃO Muitas as dúvidas que o eleitor (responsável, independente e pensante) não viu esclarecidas até aqui para definir seu voto.