Notas do Pinheiro

Jornalismo Analítico

terça-feira, outubro 04, 2011

No topo do conhecimento na América Latina

UM substancial investimento do governos do Estado de São Paulo e do Estado do Rio de Janeiro em suas Instituições Estaduais de Ensino Superior, e do governo federal nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), impulsionou as universidades públicas brasileiras ao topo do primeiro QS University Rankings: América Latina, publicado ontem. A Universidade de São Paulo (USP) está no topo da lista, enquanto a Universidade de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aparecem entre as dez primeiras. O Brasil tem 65 universidades entre as 200 instituições do ranking (8 instituições brasileiras estão entre as top 20 do mesmo ranking). "Como nos demais países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), o ensino superior funciona como um motor que ajuda o Brasil a cumprir seu enorme potencial de crescimento econômico. As matrículas triplicaram durante a última década”, atesta Danny Byrne, editor do site que fez o levantamento. "O ranking QS demonstra como o Brasil tem priorizado a investigação. Surpreendentemente, 8 em cada 10 dos melhores trabalhos acadêmicos publicados são brasileiros, que, além disso, apresenta uma proporção de 90% de acadêmicos com doutorado".

TAIS resultados refletem os novos dados publicados no mês passado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 34 países, a maioria deles desenvolvidos, segundo os quais a proporção do Produto Interno Bruto (PIB) investido em educação cresceu mais no Brasil do que em qualquer outro país da entidade no período de 2000 a 2008. Como os mercados de trabalho de pós-graduados em nações do G7, grupo dos sete países mais ricos do mundo, ameaçam a estagnar, o relatório também mostra que a diferença de salários entre graduados e não-graduados brasileiros é maior do que em outras nações da OCDE. "A economia brasileira já é a sétima maior do mundo e o banco Goldman Sachs previu que superará Canadá, Itália, França, Reino Unido e Alemanha dentro de 20 anos", diz Ben Sowter, chefe de pesquisas da QS. "O incremento da educação
superior de alto nível será fundamental para esse desenvolvimento e os novos rankings QS demonstram que o país já começa a colher seus frutos".

ESSES rankings são compilados pela QS World University Rankings, empresa especializada em estudos sobre o Ensino Superior. A metodologia é baseada em indicadores como volume de produção científica e titulação dos Docentes efetivos. Depois do Brasil, os países com maior número de instituições citadas na América Latina (AL) são o México (35), a Argentina e o Chile (ambos com 25).

A SEGUIR as Universidades Top 10 do ranking QS:

1º UNIVERSIDADE de São Paulo (USP);
2º PONTIFÍCIA Universidad Católica (PUC) do Chile;
3º UNIVERSIDADE de Campinas (Unicamp);
4º UNIVERSIDAD de Chile (UC);
5ºUNIVERSIDAD Nacional Autônoma (UNA) do México;
6º UNIVERSIDAD de Los Andes (ULA) da Colômbia;
7º INSTITUTO Tecnológico de Monterrey (ITM) do México;
8ºUNIVERSIDAD de Buenos Aires (UBA) da Argentina;
9º UNIVERSIDAD Nacional de Colômbia (UNC);
10º UNIVERSIDADE Federal de Minas Gerais (UFMG).