Notas do Pinheiro

Jornalismo Analítico

terça-feira, abril 13, 2010

Confluência de opiniões

DE FATO está ficando demagógico e é oportunista a súbita “mineirice” da pré-candidata governista à Presidência da República, Dilma (Pinóquio) Rousseff (PT-RS). Porém foi ofensiva sua declaração de amor à causa do saudoso ex-presidente da República (eleito em 1985), Tancredo de Almeida Neves, cujo voto o Partido dos Trabalhadores (PT) liderado pelo então sindicalista, Luiz Inácio da Silva (PT-SP), lhe negou no Colégio Eleitoral que abriu caminho à redemocratização do País.

DONA ROUSSEFF faria justiça à História se fizesse acompanhar o ato de depositar flores no túmulo do ex-presidente morto sem tomar posse, um pedido de desculpas público pelo boicote ao Colégio Eleitoral. Que custou a três desobedientes deputados do PT à época a expulsão do partido.

E AGORA ouvir o vosso presidente da República, Luiz Inácio da Silva, dizer que a história do Brasil começou após sua posse em 1º de Janeiro de 2003 (“nunca antes nesse País”), já estamos acostumados. Mas sua candidata mudar o pouco que admite ter ocorrido antes de sua chegada à Presidência da República é fazer campanha mentirosa.

AGORA, ao tentar desqualificar a biografia do adversário político e pré-candidato oposicionista à Presidência da República, José Serra (PSDB-SP), como um dos perfis perseguidos pelo regime militar, dona Rousseff comete o segundo erro estratégico em menos de 15 dias.

A PRÉ-CANDIDATA governista que já havia provocado a memória da aliança que elegeu Tancredo Neves com a oposição do PT, faz coro agora com os generais do regime que ajudou a combater.

ENTÃO, vejamos: ela diz que Zé Serra, contra quem havia uma ordem de captura dada pelo regime, fugiu do País, enquanto ela ficou.

TAL AFIRMAÇÃO coincide com a declaração do general Leônidas Pires Gonçalves, ao colega jornalista Genetton Moraes Netto (TV GLOBO/GLOBONEWS), na série de reportagens sobre a Ditadura Militar (1964-85) exibida pelo canal de TV (por assinatura) GLOBONEWS, segundo o qual não houve exilados na ditadura militar, mas “fugitivos”.

AMBOS – o general Leônidas Pires Gonçalves e a pré-candidata governista (Pinóquio) Rousseff – só consideram inimigos os que pegaram em armas, critério que elimina do contexto de luta contra a ditadura todos os demais, inclusive Luiz Inácio da Silva.