Com o bafo no cangote
A partir da Conferência de Bretton Woods, em 1946, quando o dólar foi adotado como moeda de reserva para todos os países, os Estados Unidos da América (EUA) passaram a gozar de uma situação privilegiada. Passou quase despercebido no noticiário, mas a China acaba de dar mais um sinal de que pode provocar alteração profunda no panorama econômico internacional. É isto que leva não só o Brasil como a China e outras nações a financiarem o American way of life, investindo em Letras do Tesouro dos EUA. Tais operações se constituem em um gigantesco e incessante sistema de empréstimo, baseado na contrapartida de que o devedor, o Governo dos EUA, não vai deixar o tomador a ver navios, dada a estabilidade política e a pujança econômica do País.
O governo do ex-presidente da República Norte-americana, George W. Bush (2001-8) levou porém o esquema ao paroxismo ou, como dizem os norte-americanos, ao ponto de rutura (breaking point). O governo de George W. Bush cortou os impostos, ao mesmo tempo em que passou a gastar dinheiro em quantidades antes inimagináveis, com a Guerra no Afeganistão, a invasão do Iraque e a reforma do sistema Medicare, de reembolso de medicamentos para os maiores de 65 anos (cujos votos os republicanos cortejavam, pois os aposentados são uma força poderosa no sistema eleitoral).
Aquela farra vinha sendo financiada pelo constante fluxo de dólares vindos da China, mas os chineses também só têm esses dólares porque os americanos compravam alucinadamente tudo o que o país exportava.Era mais ou menos como um moto contínuo. Ou a clássica pergunta: primeiro veio a galinha ou primeiro veio o ovo?
Então, os bancos explodiram, porque o governo Bush (ele, sempre ele) achou que os banqueiros não precisavam ser regulamentados, pois sabiam o que faziam. Não sabiam.
No momento, o presidente Barack Obama tenta desesperadamente conseguir que o Senado Federal aprove seu orçamento, sem recorrer ao bloqueio, com a exigência de ao menos 60 votos. Mas os republicanos, que deixaram W. Bush gastar alucinadamente em seus oito anos (e evitaram o filibuster graças a uma manobra legislativa quando aprovaram a reforma do Medicare) lembraram de repente que são a favor da “austeridade”. Como de hábito, porém, por outro lado exigem mais cortes de impostos para os ricos. É como um disco quebrado.
Esta situação acaba de se complicar ainda mais, porque alguns senadores democratas resolveram formar uma “ala conservadora”, contrária aos investimentos de Obama em assistência médica, energia alternativa e educação. Alegam que os gastos são grandes demais. Obama diz que, se a economia não voltar a crescer, o País não conseguirá arrecadar fundos para se manter.
Ou Obama vence as resistências em seu próprio partido, ou seu governo fracassa. No retrovisor norte-americano, o Governo da China espreita, pronta a insistir na nova moeda de reserva, controlada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo do ex-presidente da República Norte-americana, George W. Bush (2001-8) levou porém o esquema ao paroxismo ou, como dizem os norte-americanos, ao ponto de rutura (breaking point). O governo de George W. Bush cortou os impostos, ao mesmo tempo em que passou a gastar dinheiro em quantidades antes inimagináveis, com a Guerra no Afeganistão, a invasão do Iraque e a reforma do sistema Medicare, de reembolso de medicamentos para os maiores de 65 anos (cujos votos os republicanos cortejavam, pois os aposentados são uma força poderosa no sistema eleitoral).
Aquela farra vinha sendo financiada pelo constante fluxo de dólares vindos da China, mas os chineses também só têm esses dólares porque os americanos compravam alucinadamente tudo o que o país exportava.Era mais ou menos como um moto contínuo. Ou a clássica pergunta: primeiro veio a galinha ou primeiro veio o ovo?
Então, os bancos explodiram, porque o governo Bush (ele, sempre ele) achou que os banqueiros não precisavam ser regulamentados, pois sabiam o que faziam. Não sabiam.
No momento, o presidente Barack Obama tenta desesperadamente conseguir que o Senado Federal aprove seu orçamento, sem recorrer ao bloqueio, com a exigência de ao menos 60 votos. Mas os republicanos, que deixaram W. Bush gastar alucinadamente em seus oito anos (e evitaram o filibuster graças a uma manobra legislativa quando aprovaram a reforma do Medicare) lembraram de repente que são a favor da “austeridade”. Como de hábito, porém, por outro lado exigem mais cortes de impostos para os ricos. É como um disco quebrado.
Esta situação acaba de se complicar ainda mais, porque alguns senadores democratas resolveram formar uma “ala conservadora”, contrária aos investimentos de Obama em assistência médica, energia alternativa e educação. Alegam que os gastos são grandes demais. Obama diz que, se a economia não voltar a crescer, o País não conseguirá arrecadar fundos para se manter.
Ou Obama vence as resistências em seu próprio partido, ou seu governo fracassa. No retrovisor norte-americano, o Governo da China espreita, pronta a insistir na nova moeda de reserva, controlada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
<< Página inicial