Sinais vitais
TIRADENTES (MG)- UFA! Até que enfim uma boa notícia da economia européia: as economias da Alemanha e da França, as duas maiores potências da zona do euro, cresceram 0,3% do primeiro para o segundo trimestre. A mesma expansão foi verificada em Portugal, uma das menores economias sócias daquele bloco econômico mundial. A recessão dá sinais de estar no fim nessas três economias e poderá acabar mais cedo do que previam alguns especialistas, na maior parte da Europa. As novidades animaram as bolsas européias, e são bons indícios para os exportadores brasileiros. De Janeiro a Julho deste ano, o Brasil exportou em mercadorias e serviços o equivalente a US$ 19,13 bilhões para a União Européia (UE), valor superado somente pelas exportações destinadas à Ásia, US$ 22,62 bilhões. Se as expectativas de crescimento da economia dos Estados Unidos da América (EUA) forem confirmadas, o comércio internacional poderá reagir num prazo razoável, abrindo melhores perspectivas para o Brasil. A crise atingiu a indústria brasileira principalmente pela redução das vendas externas.
NAQUELA zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 0,1% no segundo trimestre. A maior parte dos analistas previa uma contração em torno de 0,4%. Entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano, a redução havia sido de 2,5%. Parece haver uma firme tendência de melhora, sustentada por incentivos fiscais e pela política monetária expansiva. Mas a saúde do setor financeiro ainda preocupa e o desemprego poderá permanecer elevado por muito tempo, já que o mercado de trabalho na Europa é bem menos flexível que nos EUA. Esses dois fatores poderão prejudicar o desempenho da economia em 2010, mas não alteram o significado das boas notícias que comentamos no início desta análise conjuntural.
NOS EUA, a recuperação dos grandes bancos tem sido mais veloz do que na Europa. O fortalecimento do setor financeiro é considerado uma condição essencial para a reativação segura da produção. Na economia norte-americana o pior parece ter passado e já há sinais de estabilização, segundo avaliam os diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
TODOS os indicadores têm oscilado, embora a tendência geral pareça ser de melhora. No segundo trimestre, segundo a estimativa preliminar, a redução do PIB, 1%, foi menor do que previa a maior parte dos economistas. A expectativa média era de redução de 1,5%. Os dados mensais de emprego revelados no começo de agosto foram também melhores que os estimados por analistas do mercado. Caíram no desemprego, em julho, 247 mil trabalhadores urbanos, metade do contingente previsto. Outra informação positiva dos últimos dias foi a da redução de estoques das empresas no mês de junho. Mas dois dados negativos foram distribuídos nesses dias.
NO mês de Julho último, as vendas do comércio varejista nos EUA foram 0,1% menores que as do mês anterior. Analistas do mercado financeiro previam expansão de 0,8%. Além disso, o número de pessoas em busca de auxílio-desemprego, na primeira semana deste mês, foi maior que o projetado. Mercados especulativos normalmente reagem a informações de curtíssimo prazo. Não se pode, no entanto, usá-las para previsões sérias.
POR UMA questão de segurança, o Comitê de Mercado Aberto do Fed resolveu, no último dia 13, manter os juros básicos na faixa de zero a 0,25%, para facilitar a recuperação dos negócios e do emprego. Além disso, a autoridade monetária norte-americana confirmou sua disposição de continuar comprando títulos do mercado financeiro até o fim do ano: os valores acumulados no ano poderão chegar a US$ 1,25 trilhão de papéis lastreados em hipotecas e a US$ 200 bilhões de dívidas de agências imobiliárias. Além disso, o banco central está comprando no mercado US$ 300 bilhões de títulos do Tesouro dos EUA.
As medidas de estímulo tomadas pelo governo norte-americano e pelo Fed têm dado resultados, segundo avaliam respeitados economistas de várias tendências. Segundo a agência Moody’s de classificação de risco, a política anticrise em vigor desde o começo do ano salvou mais de meio milhão de empregos. A discussão principal, hoje, não é sobre a eficiência ou ineficiência dos incentivos fiscais e monetários, mas sobre o momento adequado para interrompê-los. Há quem defenda sua manutenção ainda por muitos meses, para se evitar o risco de uma recaída na crise. O custo fiscal dessa política já é grande e ficará bem maior, mas o presidente da República dos EUA, Barack Obama, parece disposto a manter os incentivos até a economia dar sinais de firme recuperação.
NAQUELA zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 0,1% no segundo trimestre. A maior parte dos analistas previa uma contração em torno de 0,4%. Entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano, a redução havia sido de 2,5%. Parece haver uma firme tendência de melhora, sustentada por incentivos fiscais e pela política monetária expansiva. Mas a saúde do setor financeiro ainda preocupa e o desemprego poderá permanecer elevado por muito tempo, já que o mercado de trabalho na Europa é bem menos flexível que nos EUA. Esses dois fatores poderão prejudicar o desempenho da economia em 2010, mas não alteram o significado das boas notícias que comentamos no início desta análise conjuntural.
NOS EUA, a recuperação dos grandes bancos tem sido mais veloz do que na Europa. O fortalecimento do setor financeiro é considerado uma condição essencial para a reativação segura da produção. Na economia norte-americana o pior parece ter passado e já há sinais de estabilização, segundo avaliam os diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
TODOS os indicadores têm oscilado, embora a tendência geral pareça ser de melhora. No segundo trimestre, segundo a estimativa preliminar, a redução do PIB, 1%, foi menor do que previa a maior parte dos economistas. A expectativa média era de redução de 1,5%. Os dados mensais de emprego revelados no começo de agosto foram também melhores que os estimados por analistas do mercado. Caíram no desemprego, em julho, 247 mil trabalhadores urbanos, metade do contingente previsto. Outra informação positiva dos últimos dias foi a da redução de estoques das empresas no mês de junho. Mas dois dados negativos foram distribuídos nesses dias.
NO mês de Julho último, as vendas do comércio varejista nos EUA foram 0,1% menores que as do mês anterior. Analistas do mercado financeiro previam expansão de 0,8%. Além disso, o número de pessoas em busca de auxílio-desemprego, na primeira semana deste mês, foi maior que o projetado. Mercados especulativos normalmente reagem a informações de curtíssimo prazo. Não se pode, no entanto, usá-las para previsões sérias.
POR UMA questão de segurança, o Comitê de Mercado Aberto do Fed resolveu, no último dia 13, manter os juros básicos na faixa de zero a 0,25%, para facilitar a recuperação dos negócios e do emprego. Além disso, a autoridade monetária norte-americana confirmou sua disposição de continuar comprando títulos do mercado financeiro até o fim do ano: os valores acumulados no ano poderão chegar a US$ 1,25 trilhão de papéis lastreados em hipotecas e a US$ 200 bilhões de dívidas de agências imobiliárias. Além disso, o banco central está comprando no mercado US$ 300 bilhões de títulos do Tesouro dos EUA.
As medidas de estímulo tomadas pelo governo norte-americano e pelo Fed têm dado resultados, segundo avaliam respeitados economistas de várias tendências. Segundo a agência Moody’s de classificação de risco, a política anticrise em vigor desde o começo do ano salvou mais de meio milhão de empregos. A discussão principal, hoje, não é sobre a eficiência ou ineficiência dos incentivos fiscais e monetários, mas sobre o momento adequado para interrompê-los. Há quem defenda sua manutenção ainda por muitos meses, para se evitar o risco de uma recaída na crise. O custo fiscal dessa política já é grande e ficará bem maior, mas o presidente da República dos EUA, Barack Obama, parece disposto a manter os incentivos até a economia dar sinais de firme recuperação.
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