O emprego em baixa!
MUITO EMBORA a taxa de desocupação tenha caído ligeiramente entre março e abril, de 9% para 8,9%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que se constata é uma nova deterioração do mercado de trabalho. Esta se explica pela queda da renda média real, por um ligeiro acréscimo do número de pessoas que deixaram de procurar vagas e pela confirmação dos dados negativos do emprego industrial.
O LEVANTAMENTO do IBGE abrange as seis principais regiões metropolitanas e, destas, três mostraram ligeira queda da desocupação (São Paulo, Rio e Porto Alegre) e as outras, aumento do desemprego (Salvador, Belo Horizonte e Recife). Os dados agregados indicam que, entre março e abril, nos sete grupos analisados, houve estabilidade no emprego, o que é um sinal ruim. "A crise estabilizou o mercado de trabalho, que dá conta de se manter semelhante a 2008, mas não se desenvolve", notou o gerente da PME, Cimar Azeredo, do IBGE.
EM RESUMO, é insuficiente, a oferta de vagas - e o resultado será o aumento da taxa de desocupação nos próximos meses. "O mercado de trabalho piorou", sintetiza o economista José Márcio Camargo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
A REDUÇÃO da procura de empregados favoreceu uma queda da renda real de 0,7%, entre Março e Abril, de R$ 1.328,03 para R$ 1.318,40. Parece pequena a diminuição de R$ 9,63, mas esse é o valor de 30 pães de 50 g ou 2 latas de leite em pó. Tal piora só não é tão grave porque, na comparação com abril de 2008, a renda ainda cresceu 3,2% (+R$ 50,35), em termos reais.
DE ABRIL de 2008 até abril de 2009, aumentou 0,2% o número de ocupados, o que é menos do que o crescimento da população. O porcentual foi negativo em 0,2%, comparado a março de 2009. Cerca de 40 mil pessoas deixaram de procurar vaga, um mau sinal.
NA INDÚSTRIA, houve queda de 2,9% no estoque de mão de obra, uma queda bem superior à de 1,2%, no mês anterior.
O EFEITO da piora do emprego, em geral, só não é maior por causa da inflação controlada, o que retarda os efeitos negativos - e inevitáveis - sobre o ritmo do consumo interno.
O GOVERNO tem poucos instrumentos para enfrentar esse quadro, como as decisões do Banco Central de reduzir juros e a concessão de incentivos tributários. Paliativos, como a extensão do seguro-desemprego a 216,5 mil trabalhadores, anunciada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, têm impacto macroeconômico ínfimo, além de indicar o uso de dois pesos e duas medidas para tratar os trabalhadores.
O LEVANTAMENTO do IBGE abrange as seis principais regiões metropolitanas e, destas, três mostraram ligeira queda da desocupação (São Paulo, Rio e Porto Alegre) e as outras, aumento do desemprego (Salvador, Belo Horizonte e Recife). Os dados agregados indicam que, entre março e abril, nos sete grupos analisados, houve estabilidade no emprego, o que é um sinal ruim. "A crise estabilizou o mercado de trabalho, que dá conta de se manter semelhante a 2008, mas não se desenvolve", notou o gerente da PME, Cimar Azeredo, do IBGE.
EM RESUMO, é insuficiente, a oferta de vagas - e o resultado será o aumento da taxa de desocupação nos próximos meses. "O mercado de trabalho piorou", sintetiza o economista José Márcio Camargo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
A REDUÇÃO da procura de empregados favoreceu uma queda da renda real de 0,7%, entre Março e Abril, de R$ 1.328,03 para R$ 1.318,40. Parece pequena a diminuição de R$ 9,63, mas esse é o valor de 30 pães de 50 g ou 2 latas de leite em pó. Tal piora só não é tão grave porque, na comparação com abril de 2008, a renda ainda cresceu 3,2% (+R$ 50,35), em termos reais.
DE ABRIL de 2008 até abril de 2009, aumentou 0,2% o número de ocupados, o que é menos do que o crescimento da população. O porcentual foi negativo em 0,2%, comparado a março de 2009. Cerca de 40 mil pessoas deixaram de procurar vaga, um mau sinal.
NA INDÚSTRIA, houve queda de 2,9% no estoque de mão de obra, uma queda bem superior à de 1,2%, no mês anterior.
O EFEITO da piora do emprego, em geral, só não é maior por causa da inflação controlada, o que retarda os efeitos negativos - e inevitáveis - sobre o ritmo do consumo interno.
O GOVERNO tem poucos instrumentos para enfrentar esse quadro, como as decisões do Banco Central de reduzir juros e a concessão de incentivos tributários. Paliativos, como a extensão do seguro-desemprego a 216,5 mil trabalhadores, anunciada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, têm impacto macroeconômico ínfimo, além de indicar o uso de dois pesos e duas medidas para tratar os trabalhadores.
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