Chega de retóricas de bocó
Já faz alguns dias o vosso presidente da República, Luiz Inácio da Silva (PT-SP), como o faz dia sim o outro também, cometeu mais uma garfe. Sua Excelência confiante em sua retórica popularesca exagerou ao dizer que a culpa da crise internacional é de “gente branca de olhos azuis”. Ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido da Grã-Bretanha, Gordon Brown, o lider do petismo fez a seguinte avaliação: “É uma crise causada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis que antes da crise parecia que sabia de tudo e agora demonstra não saber de nada”.
Ao contrário do líder brasileiro, Brown não quis comentar nem esboçou reação às declarações do anfitrião. No dia seguinte, a fala presidencial repercutiu mundo afora. E na verdade na lista entre os “culpados” pela crise depontam dois negros: Stan O’Neal, ex-presidente da corretora Merrill Lynch e Frank Raines, ex-presidente da Fannie Mae.
Luiz Inácio da Silva pode até estar certo ao dizer que pobres, negros e índios não devem pagar pela crise se considerarmos que quis dizer que os menos favorecidos devem ser protegidos. Mas cabe a análise de um certo preconceito, ou mesmo um sutil complexo de inferioridade que está implícito nessa fala. Sobretudo se considerarmos que há brancos pobres no Brasil, muitos com olhos azuis, basta ir a Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. E mesmo em favelas de grandes cidades. E mesmo que sejam minoria, era desnecessária comparação tão chula.
Contudo como o eleitorado o respalda, coisa que as pesquisas sw opinião mais recentes não deixam dúvidas, ele se sente livre para disparar suas falas características e quase caricaturais.
O vosso presidente da República e o premiê Brown, fora as falas polêmicas do primeiro, devem apresentar na reunião do G-20, em Londres, proposta de criação de um fundo de US$ 100 bilhões para permitir o financiamento da expansão de fluxo de crédito e do comércio. Nesse ponto não há controvérsia.
Gordon Brown se disse a favor de que o Brasil tenha assento permanente na Organização das Nações Unidas (ONU). E acha que os principais problemas que o mundo deve agora enfrentar são a instabilidade financeira, a degradação global, o extremismo político e o crescimento da desigualdade e da pobreza no planeta.
Desafinando dessa maioria de brasileiros que veem no presidente Luiz Inácio um perfeito estadista, eu, negro, de olhos castanhos, brasileiro que lutou para subir na pirâmide social sem heranças ou privilégios e que teve ao seu lado apenas suor e persistência, acho que o vosso presidente faz até um governo razoável. Mas não posso concordar com tanta verborragia no alto da representação nacional.
Sempre aprendi bem cêdo que a discrição e o bom senso são fatores que fazem a diferença. Luiz Inácio da Silva está à vontade em seu desempenho à frente da Nação. Também sou apoiador de sua postura identificada com os brasileiros na planície. De querer reduzir a desigualdade, de buscar soluções para os grandes problemas nacionais que atingem o cidadão mais humilde, mais comum. Mas não custa fazer menos metáforas simplistas como se isso fosse tão importante no conjunto de suas ações.
Ao contrário do líder brasileiro, Brown não quis comentar nem esboçou reação às declarações do anfitrião. No dia seguinte, a fala presidencial repercutiu mundo afora. E na verdade na lista entre os “culpados” pela crise depontam dois negros: Stan O’Neal, ex-presidente da corretora Merrill Lynch e Frank Raines, ex-presidente da Fannie Mae.
Luiz Inácio da Silva pode até estar certo ao dizer que pobres, negros e índios não devem pagar pela crise se considerarmos que quis dizer que os menos favorecidos devem ser protegidos. Mas cabe a análise de um certo preconceito, ou mesmo um sutil complexo de inferioridade que está implícito nessa fala. Sobretudo se considerarmos que há brancos pobres no Brasil, muitos com olhos azuis, basta ir a Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. E mesmo em favelas de grandes cidades. E mesmo que sejam minoria, era desnecessária comparação tão chula.
Contudo como o eleitorado o respalda, coisa que as pesquisas sw opinião mais recentes não deixam dúvidas, ele se sente livre para disparar suas falas características e quase caricaturais.
O vosso presidente da República e o premiê Brown, fora as falas polêmicas do primeiro, devem apresentar na reunião do G-20, em Londres, proposta de criação de um fundo de US$ 100 bilhões para permitir o financiamento da expansão de fluxo de crédito e do comércio. Nesse ponto não há controvérsia.
Gordon Brown se disse a favor de que o Brasil tenha assento permanente na Organização das Nações Unidas (ONU). E acha que os principais problemas que o mundo deve agora enfrentar são a instabilidade financeira, a degradação global, o extremismo político e o crescimento da desigualdade e da pobreza no planeta.
Desafinando dessa maioria de brasileiros que veem no presidente Luiz Inácio um perfeito estadista, eu, negro, de olhos castanhos, brasileiro que lutou para subir na pirâmide social sem heranças ou privilégios e que teve ao seu lado apenas suor e persistência, acho que o vosso presidente faz até um governo razoável. Mas não posso concordar com tanta verborragia no alto da representação nacional.
Sempre aprendi bem cêdo que a discrição e o bom senso são fatores que fazem a diferença. Luiz Inácio da Silva está à vontade em seu desempenho à frente da Nação. Também sou apoiador de sua postura identificada com os brasileiros na planície. De querer reduzir a desigualdade, de buscar soluções para os grandes problemas nacionais que atingem o cidadão mais humilde, mais comum. Mas não custa fazer menos metáforas simplistas como se isso fosse tão importante no conjunto de suas ações.
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