Interpretação errônea
BARRETOS (SP) - A POLÍTICA econômica empreendida pelo governo do petismo concentrou-se, desde o início, no estímulo ao consumo das famílias para promover o crescimento da produção industrial: criou-se o crédito consignado; mobilizou-se o sistema bancário para expandir o crédito às pessoas físicas, reduzindo as taxas de juros; aumentaram-se o gasto corrente do Governo e os vencimentos dos agentes do Serviço Público; elevou-se o salário mínimo e, assim, os benefícios pagos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); e elevaram-se os valores distribuídos pelos programas sociais como Bolsa-Família - tudo com o mesmo objetivo. Finalmente, recorreu-se às isenções fiscais. Com isso, o governo se vangloria de sua política keynesiana anticíclica.
O PRESIDENTE do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho (PT-SP) e os ministros de Estado da Fazenda, Guido Mantega (PT-SP) e do Planejamento Orçamento e Gestão, Paulo Bernado (PT-RS) se orgulham de ter aplicado as receitas do economista inglês mais importante do século passado, lorde Keynes. Na realidade o traíram, pois o que ele sugeria contra as crises era o aumento dos investimentos públicos.
OS GASTOS públicos nos sete primeiros meses do ano passaram de 13,84% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2003, para 18,34%, em 2009. Mas os investimentos do Governo, no primeiro semestre, passaram de 0,7% para 0,8% do PIB; os gastos do Ministério da Previdência e Seguridade Social aumentaram, no mesmo período, de 6,6% para 7,1% do PIB; a folha de pagamento, de 4,3% para 5%; e os outros gastos correntes, de 2,9% para 3,4%.
PODEMOS dizer que os investimentos das companhias cujo capital é controlado pelo Tesouro Nacional (TN) cresceram 45,2% no período, mas foram concentrados na Companhia Petrobrás S/A (91,5% do total), enquanto os investimentos de todas as empresa públicas e estatais ficaram em 3,2% da dotação orçamentária. O quadro foi agravado porque, com a queda da produção industrial, as empresas privadas deixaram de investir.
O GRANDE erro dessa política foi esquecer que o crescimento da demanda tem origem nos investimentos, que representam gastos vultosos e muito bem distribuídos entre os diversos setores da economia, enquanto os estímulos fiscais reduzem as receitas, diminuindo a possibilidade de investir, e têm efeito limitado no tempo, como mostra a queda das vendas de carros de passeio nos dois últimos meses.
PARALELAMENTE, o aumento artificial do consumo acompanha-se de um aumento do endividamento, que a longo prazo reduz o poder aquisitivo das famílias, como se percebe no fato de que a dívida do setor privado ultrapassou a dívida pública já no ano passado. O governo do petismo se considera keynesiano, mas menosprezou os investimentos em favor de uma política artificial de aumento do consumo.
O PRESIDENTE do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho (PT-SP) e os ministros de Estado da Fazenda, Guido Mantega (PT-SP) e do Planejamento Orçamento e Gestão, Paulo Bernado (PT-RS) se orgulham de ter aplicado as receitas do economista inglês mais importante do século passado, lorde Keynes. Na realidade o traíram, pois o que ele sugeria contra as crises era o aumento dos investimentos públicos.
OS GASTOS públicos nos sete primeiros meses do ano passaram de 13,84% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2003, para 18,34%, em 2009. Mas os investimentos do Governo, no primeiro semestre, passaram de 0,7% para 0,8% do PIB; os gastos do Ministério da Previdência e Seguridade Social aumentaram, no mesmo período, de 6,6% para 7,1% do PIB; a folha de pagamento, de 4,3% para 5%; e os outros gastos correntes, de 2,9% para 3,4%.
PODEMOS dizer que os investimentos das companhias cujo capital é controlado pelo Tesouro Nacional (TN) cresceram 45,2% no período, mas foram concentrados na Companhia Petrobrás S/A (91,5% do total), enquanto os investimentos de todas as empresa públicas e estatais ficaram em 3,2% da dotação orçamentária. O quadro foi agravado porque, com a queda da produção industrial, as empresas privadas deixaram de investir.
O GRANDE erro dessa política foi esquecer que o crescimento da demanda tem origem nos investimentos, que representam gastos vultosos e muito bem distribuídos entre os diversos setores da economia, enquanto os estímulos fiscais reduzem as receitas, diminuindo a possibilidade de investir, e têm efeito limitado no tempo, como mostra a queda das vendas de carros de passeio nos dois últimos meses.
PARALELAMENTE, o aumento artificial do consumo acompanha-se de um aumento do endividamento, que a longo prazo reduz o poder aquisitivo das famílias, como se percebe no fato de que a dívida do setor privado ultrapassou a dívida pública já no ano passado. O governo do petismo se considera keynesiano, mas menosprezou os investimentos em favor de uma política artificial de aumento do consumo.
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