Projeções sustentadas
É FATO consumado que a nossa economia entrou em recessão em Outubro de 2008 e não há data prevista para voltar a crescer, segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com esse novo comitê, os agentes econômicos deixam de depender só do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - ou de palpites ministeriais -, para saber se a recessão está ou não caracterizada. E isso é importante para a tomada de decisões de política monetária e de investimentos.
O CODACE, que começou a trabalhar em 2004, é a versão brasileira do Comitê de Datação dos Estados Unidos, criado em 1978 pelo National Bureau of Economic Research (NBER). Composto por pessoas de reconhecida competência (os economistas Affonso Celso Pastore, Dionísio Dias Carneiro, João Victor Issler, Marcelle Chauvet, Marco Bonomo, Paulo Picchetti e Regis Bonelli), o comitê brasileiro definiu o início e o fim dos ciclos econômicos desde os anos 1980.
A CONCLUSÃO é de que entre 2003 e 2008 o País cresceu 29,9%, por 21 trimestres consecutivos, com aumento médio trimestral do PIB de 1,3%. O ciclo positivo anterior, entre 1983 e 1987, durou 17 trimestres, com crescimento de 30% e avanço trimestral médio de 1,6%.
SEGUNDO o conceito dominante, a recessão está caracterizada pelo crescimento econômico negativo por dois trimestres consecutivos. Mas o Codace vai além, considerando como recessivos os períodos de expressivo declínio do nível de atividade, espalhado por diversos segmentos da economia e perceptível durante ao menos dois trimestres seguidos. É possível, por exemplo, que haja algum crescimento num trimestre, sem que o País tenha saído da recessão.
O COMITÊ emprega metodologia conhecida, já utilizada por 32 países. Segundo nota do Ibre, utiliza todas as principais séries econômicas disponíveis sobre o estado da produção, das vendas, do emprego e da renda na economia. "Não ficaria surpreso se o segundo trimestre for o fundo do poço", notou um dos membros do Codace, Régis Bonelli. Para João Victor Issler, o efeito recessivo não ficou concentrado na indústria.
INDICANDO os vales e picos dos ciclos de negócios, o Codace será instrumento valioso para o governo e os empresários. O comitê pretende datar os ciclos mensalmente - e não trimestralmente, como hoje -, o que significará um aperfeiçoamento das análises. Sobretudo, contribuirá para separar meras declarações políticas entusiásticas de projeções econômicas devidamente embasadas.
O CODACE, que começou a trabalhar em 2004, é a versão brasileira do Comitê de Datação dos Estados Unidos, criado em 1978 pelo National Bureau of Economic Research (NBER). Composto por pessoas de reconhecida competência (os economistas Affonso Celso Pastore, Dionísio Dias Carneiro, João Victor Issler, Marcelle Chauvet, Marco Bonomo, Paulo Picchetti e Regis Bonelli), o comitê brasileiro definiu o início e o fim dos ciclos econômicos desde os anos 1980.
A CONCLUSÃO é de que entre 2003 e 2008 o País cresceu 29,9%, por 21 trimestres consecutivos, com aumento médio trimestral do PIB de 1,3%. O ciclo positivo anterior, entre 1983 e 1987, durou 17 trimestres, com crescimento de 30% e avanço trimestral médio de 1,6%.
SEGUNDO o conceito dominante, a recessão está caracterizada pelo crescimento econômico negativo por dois trimestres consecutivos. Mas o Codace vai além, considerando como recessivos os períodos de expressivo declínio do nível de atividade, espalhado por diversos segmentos da economia e perceptível durante ao menos dois trimestres seguidos. É possível, por exemplo, que haja algum crescimento num trimestre, sem que o País tenha saído da recessão.
O COMITÊ emprega metodologia conhecida, já utilizada por 32 países. Segundo nota do Ibre, utiliza todas as principais séries econômicas disponíveis sobre o estado da produção, das vendas, do emprego e da renda na economia. "Não ficaria surpreso se o segundo trimestre for o fundo do poço", notou um dos membros do Codace, Régis Bonelli. Para João Victor Issler, o efeito recessivo não ficou concentrado na indústria.
INDICANDO os vales e picos dos ciclos de negócios, o Codace será instrumento valioso para o governo e os empresários. O comitê pretende datar os ciclos mensalmente - e não trimestralmente, como hoje -, o que significará um aperfeiçoamento das análises. Sobretudo, contribuirá para separar meras declarações políticas entusiásticas de projeções econômicas devidamente embasadas.
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