Destampatório elementar do lullismo
ESSA verdadeira escalada de ataques furiosos do vosso guia Luiz Inácio da Silva (PT-SP) contra a liberdade de Imprensa - três em cinco dias - é mais do que uma tentativa de desqualificar a sequência de revelações das maracutaias da família e respectivas corriolas de dona Erenice Guerra (PT-SP) - ex-substituta (e mulher de confiança) da candidata governista Dilma Rousseff (PT-RS), no Gabinete Civil da Presidência da República. É claro que o que move o inventor dessa candidatura, é o medo de que a sequência de denúncias - todas elas com foros de verdade, tanto que já provocaram quatro demissões no mais importante Ministério de Brasília (DF), entre elas a da própria Erenice Guerra - impeça, na 25.ª hora, a eleição de dona Rousseff em primeiro turno das eleições presidenciais deste 03 de Outubro. Isso contará como uma derrota para o seu mentor e poderá redefinir os termos da disputa entre a candidata petista e o candidato da Oposição, José Serra (PSDB-SP).
PORÉM as investidas do vosso guia não são um raio em céu azul. Desde o escândalo do Mensalão empreendido por aqueles quadrilheiros do Partido dos Trabalhadores (PT), em 2005, ele invariavelmente acusa a Imprensa de difundir calúnias e infâmias contra “O-CARA!” e sua patota toda vez que estampa evidências contundentes de corrupção e baixarias eleitorais no seu governo (2003-10). A diferença é que, agora, o destampatório representa mais uma etapa da marcha para a desfiguração da instituição sob a sua guarda, com a consequente erosão das bases da ordem democrática. A apropriação deslavada dos recursos de poder do Executivo federal para fins eleitorais, a imersão total do vosso presidente da República, Luiz Inácio da Silva, na campanha de sua afilhada e a demonização feroz dos críticos e adversários chegaram a níveis alarmantes.
A CANDIDATURA oposicionista relutou em arrostar o presidente da República em pessoa por seus desmandos, na crença de que isso representaria um suicídio eleitoral - como se, ao poupá-lo, o confronto com dona Rousseff se tornaria menos íngreme. Isso, adensando a atmosfera de impunidade política ao seu redor, apenas animou “O-CARA!” a fazer mais do mesmo, dando o exemplo para os seguidores. As invectivas contra a Imprensa, por exemplo, foram uma espécie de senha para o PT e os seus confederados, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos “Estúpidos” Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), promoverem na última Quinta-feira, 23, em São Paulo (SP) um "ato contra o golpismo midiático". É como classificam, cinicamente, a divulgação dos casos de negociatas, cobrança e recebimento de propinas no núcleo central do governo Luiz Inácio da Silva, seus apoiadores.
SOBRE tais atos nada republicanos, nenhuma palavra - a não ser o termo "inventar", usado pelo vosso guia no seu mais recente bote contra a liberdade de Imprensa que, com o habitual cinismo, ele diz considerar "sagrada". O lulopetismo promove a execração da mídia porque ela se recusa a tornar-se afônica e, nessa medida, talvez faça diferença nas urnas no próximo dia 03 de Outubro, dada a gravidade dos escândalos expostos. Sintoma da hegemonia do peleguismo nas relações entre o poder e as entidades de representação classista, o lugar escolhido para o esperado pogrom verbal da Imprensa foi o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. O seu presidente, José Camargom (PCdoB-SP), se faz de inocente ao dizer que apenas cedeu espaço "para um debate sobre a cobertura dos grandes veículos".
MAS a tal ponto avançou o rolo compressor do liberticídio que diversos setores da sociedade resolveram se unir para dizer "alto lá". Intelectuais, juristas, profissionais liberais, artistas, empresários e líderes comunitários - todos eles figuras de projeção - lançaram na última Quarta-feira, 22, também em São Paulo um "manifesto em defesa da democracia", que poderá ser o embrião de um movimento da cidadania contra o desmanche da democracia brasileira comandado por um presidente da República que acha que é tudo - até a opinião pública - e que tudo pode.
UM movimento dessa natureza não será correia de transmissão de um partido político nem estará atado ao ciclo eleitoral. Trata-se de reconstruir os limites do poder presidencial, escandalosamente transgredidos nos últimos anos, e os controles sobre as ações dos agentes públicos. "É intolerável", afirma o manifesto, "assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais. É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade". O texto evoca valores políticos que, do alto de sua popularidade, vosso guia lança ao lixo, como se, dispensado de responder por seus atos, governasse num vácuo ético.
PORÉM as investidas do vosso guia não são um raio em céu azul. Desde o escândalo do Mensalão empreendido por aqueles quadrilheiros do Partido dos Trabalhadores (PT), em 2005, ele invariavelmente acusa a Imprensa de difundir calúnias e infâmias contra “O-CARA!” e sua patota toda vez que estampa evidências contundentes de corrupção e baixarias eleitorais no seu governo (2003-10). A diferença é que, agora, o destampatório representa mais uma etapa da marcha para a desfiguração da instituição sob a sua guarda, com a consequente erosão das bases da ordem democrática. A apropriação deslavada dos recursos de poder do Executivo federal para fins eleitorais, a imersão total do vosso presidente da República, Luiz Inácio da Silva, na campanha de sua afilhada e a demonização feroz dos críticos e adversários chegaram a níveis alarmantes.
A CANDIDATURA oposicionista relutou em arrostar o presidente da República em pessoa por seus desmandos, na crença de que isso representaria um suicídio eleitoral - como se, ao poupá-lo, o confronto com dona Rousseff se tornaria menos íngreme. Isso, adensando a atmosfera de impunidade política ao seu redor, apenas animou “O-CARA!” a fazer mais do mesmo, dando o exemplo para os seguidores. As invectivas contra a Imprensa, por exemplo, foram uma espécie de senha para o PT e os seus confederados, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos “Estúpidos” Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), promoverem na última Quinta-feira, 23, em São Paulo (SP) um "ato contra o golpismo midiático". É como classificam, cinicamente, a divulgação dos casos de negociatas, cobrança e recebimento de propinas no núcleo central do governo Luiz Inácio da Silva, seus apoiadores.
SOBRE tais atos nada republicanos, nenhuma palavra - a não ser o termo "inventar", usado pelo vosso guia no seu mais recente bote contra a liberdade de Imprensa que, com o habitual cinismo, ele diz considerar "sagrada". O lulopetismo promove a execração da mídia porque ela se recusa a tornar-se afônica e, nessa medida, talvez faça diferença nas urnas no próximo dia 03 de Outubro, dada a gravidade dos escândalos expostos. Sintoma da hegemonia do peleguismo nas relações entre o poder e as entidades de representação classista, o lugar escolhido para o esperado pogrom verbal da Imprensa foi o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. O seu presidente, José Camargom (PCdoB-SP), se faz de inocente ao dizer que apenas cedeu espaço "para um debate sobre a cobertura dos grandes veículos".
MAS a tal ponto avançou o rolo compressor do liberticídio que diversos setores da sociedade resolveram se unir para dizer "alto lá". Intelectuais, juristas, profissionais liberais, artistas, empresários e líderes comunitários - todos eles figuras de projeção - lançaram na última Quarta-feira, 22, também em São Paulo um "manifesto em defesa da democracia", que poderá ser o embrião de um movimento da cidadania contra o desmanche da democracia brasileira comandado por um presidente da República que acha que é tudo - até a opinião pública - e que tudo pode.
UM movimento dessa natureza não será correia de transmissão de um partido político nem estará atado ao ciclo eleitoral. Trata-se de reconstruir os limites do poder presidencial, escandalosamente transgredidos nos últimos anos, e os controles sobre as ações dos agentes públicos. "É intolerável", afirma o manifesto, "assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais. É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade". O texto evoca valores políticos que, do alto de sua popularidade, vosso guia lança ao lixo, como se, dispensado de responder por seus atos, governasse num vácuo ético.
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