Consumidores do lullismo
NESSE turbilhão de tráfico de influência e corrupção escancarada, não foi por acaso que o Gabinete Civil (o mais poderoso do entorno) da Presidência da República envolveu-se em todos os escândalos do governo do vosso presidente da República, Luiz Inácio da Silva (2003-10). A começar pelo Mensalão empreendido pelo delubiovaleriouto nas entranhas do petismo - operado pelo então ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República e deputado federal cassado, José Dirceu (PT-SP), até a recentíssima denúncia de descarado tráfico de influência por parte da (braço-direito,faz-tudo, pau pra toda a obra e...) sucessora de dona Dilma Rousseff (PT-RS) no cargo de ministra-chefe daquele Gabinete, Erenice Guerra (PT-SP), e seus familiares, boa parte de todo o malfeito, do ilegal, da pura e simples corrupção que eclode no governo federal tem o dedo do comandante em chefe do Palácio do Planalto. O dedo de Luiz Inácio da Silva (PT-SP), o grande responsável pelo desenvolvimento econômico dos últimos oito anos; pela incorporação de milhões de cidadãos antes marginalizados ao mercado de consumo; pela ascensão do País à condição de, vá lá, player importante na diplomacia mundial. Se tudo de bom que se faz no governo é de responsabilidade do "CARA!", por que apenas o que de errado se faz no governo não tem dono?
E POR muito menos do que se tem revelado ultimamente de lambanças com as instituições do Estado e com o dinheiro público um presidente da República foi forçado a renunciar há 18 anos. Mas com o vosso guia é diferente. Embriagado por índices de popularidade sem precedentes na história republicana, inebriado pela vassalagem despudorada que lhe prestam áulicos, aderentes e aduladores das mais insuspeitadas origens e dos mais suspeitosos interesses, Sua Excelência se imagina pairando acima do bem e do mal, sem a menor preocupação de manter um mínimo de coerência com sua própria história política e um mínimo de respeito pelo decoro exigido pelo cargo para o qual foi eleito.
TODA vez que os desmandos flagrados pela Imprensa ameaçam colocar em risco seus interesses políticos e eleitorais, “O-CARA!” recorre sem a menor cerimônia à mesma "explicação" esfarrapada: culpa da Oposição - na qual inclui a própria Imprensa. A propósito das violações de sigilo comprovadamente cometidas recentemente pela Receita Federal - não importa contra quem - não passou pela cabeça de Sua Excelência, nem que fosse apenas para tranquilizar os contribuintes, a ideia de admitir a gravidade do ocorrido e se comprometer com a correção desses desvios. Preferiu a habitual encenação palanqueira: "Nosso adversário, candidato da turma do contra, que torce o nariz contra tudo o que o povo brasileiro conquistou nos últimos anos, resolveu partir para ataques pessoais e para a baixaria". Não há maior baixaria do que um chefe de Estado usar o horário eleitoral de seu partido político para atacar, em termos pouco republicanos, aqueles que lhe fazem oposição. E faltou alguém lembrar ao indignado defensor dos indefesos que entre "tudo que o povo brasileiro conquistou nos últimos anos" estão a Constituição Federal do Brasil promulgada em 1988, o Real – como moeda forte e competitiva -, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), entre outras iniciativas fundamentais para a promoção social e o desenvolvimento econômico do País, contra as quais os então oposicionistas Luiz Inácio da Silva e seu Partido dos Trabalhadores (PT) fizeram campanha e também votaram no Congresso Nacional.
ENQUANTO os aliados de Luiz Inácio da Silva e de José Sarney (PMDB-AP) - a quadrilha que dilapidou o patrimônio público do Amapá - vão para a cadeia por conta das evidências contra eles levantadas pelo Departamento de Polícia Federal (DPF); enquanto os aliados de Luiz Inácio da Silva - toda a cúpula executiva e legislativa, prefeito e vereadores, do município de Dourados (MS) - pelo mesmo motivo vão para o mesmo lugar; enquanto na Secretaria da Receita Federal (SRF)- não importa se por motivos políticos ou apenas (!) por corrupção - se viola o sigilo fiscal de cidadãos e as autoridades responsáveis tentam jogar a sujeira para debaixo do tapete; enquanto mais uma maracutaia petista é flagrada no Gabinete Civil da Presidência da República; enquanto, enfim, a mamata se generaliza e o vosso presidente da República continua fingindo não ter nada a ver com a banda podre de seu governo, a população brasileira, pelo menos quase 80% dela, aplaude e reverencia a imagem que comprou do primeiro mandatário do País, "O-CARA!" responsável, em última instância, por mexicanizar este grande e bobo País.
SERÁ que está errado o povo? A resposta a essa pergunta será dada em algum momento, no futuro. De pronto, a explicação que ocorre é a de que, talvez, o lullismo seja constituído de consumidores, não de cidadãos brasileiros.
E POR muito menos do que se tem revelado ultimamente de lambanças com as instituições do Estado e com o dinheiro público um presidente da República foi forçado a renunciar há 18 anos. Mas com o vosso guia é diferente. Embriagado por índices de popularidade sem precedentes na história republicana, inebriado pela vassalagem despudorada que lhe prestam áulicos, aderentes e aduladores das mais insuspeitadas origens e dos mais suspeitosos interesses, Sua Excelência se imagina pairando acima do bem e do mal, sem a menor preocupação de manter um mínimo de coerência com sua própria história política e um mínimo de respeito pelo decoro exigido pelo cargo para o qual foi eleito.
TODA vez que os desmandos flagrados pela Imprensa ameaçam colocar em risco seus interesses políticos e eleitorais, “O-CARA!” recorre sem a menor cerimônia à mesma "explicação" esfarrapada: culpa da Oposição - na qual inclui a própria Imprensa. A propósito das violações de sigilo comprovadamente cometidas recentemente pela Receita Federal - não importa contra quem - não passou pela cabeça de Sua Excelência, nem que fosse apenas para tranquilizar os contribuintes, a ideia de admitir a gravidade do ocorrido e se comprometer com a correção desses desvios. Preferiu a habitual encenação palanqueira: "Nosso adversário, candidato da turma do contra, que torce o nariz contra tudo o que o povo brasileiro conquistou nos últimos anos, resolveu partir para ataques pessoais e para a baixaria". Não há maior baixaria do que um chefe de Estado usar o horário eleitoral de seu partido político para atacar, em termos pouco republicanos, aqueles que lhe fazem oposição. E faltou alguém lembrar ao indignado defensor dos indefesos que entre "tudo que o povo brasileiro conquistou nos últimos anos" estão a Constituição Federal do Brasil promulgada em 1988, o Real – como moeda forte e competitiva -, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), entre outras iniciativas fundamentais para a promoção social e o desenvolvimento econômico do País, contra as quais os então oposicionistas Luiz Inácio da Silva e seu Partido dos Trabalhadores (PT) fizeram campanha e também votaram no Congresso Nacional.
ENQUANTO os aliados de Luiz Inácio da Silva e de José Sarney (PMDB-AP) - a quadrilha que dilapidou o patrimônio público do Amapá - vão para a cadeia por conta das evidências contra eles levantadas pelo Departamento de Polícia Federal (DPF); enquanto os aliados de Luiz Inácio da Silva - toda a cúpula executiva e legislativa, prefeito e vereadores, do município de Dourados (MS) - pelo mesmo motivo vão para o mesmo lugar; enquanto na Secretaria da Receita Federal (SRF)- não importa se por motivos políticos ou apenas (!) por corrupção - se viola o sigilo fiscal de cidadãos e as autoridades responsáveis tentam jogar a sujeira para debaixo do tapete; enquanto mais uma maracutaia petista é flagrada no Gabinete Civil da Presidência da República; enquanto, enfim, a mamata se generaliza e o vosso presidente da República continua fingindo não ter nada a ver com a banda podre de seu governo, a população brasileira, pelo menos quase 80% dela, aplaude e reverencia a imagem que comprou do primeiro mandatário do País, "O-CARA!" responsável, em última instância, por mexicanizar este grande e bobo País.
SERÁ que está errado o povo? A resposta a essa pergunta será dada em algum momento, no futuro. De pronto, a explicação que ocorre é a de que, talvez, o lullismo seja constituído de consumidores, não de cidadãos brasileiros.
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