Invasão de estrangeiros qualificados
NESTES últimos cinco anos, o número de estrangeiros autorizados a trabalhar neste País aumentou mais de 140%. Esse fluxo cada vez mais forte de trabalhadores estrangeiros, predominantemente com formação superior e muitos originários dos países industrializados, tem um lado positivo, pois resulta em transferência de conhecimentos para os profissionais e para as empresas nacionais, e mostra o dinamismo da economia brasileira em comparação com as economias dos países mais ricos.
PORÉM reflete, também, o problema já detectado por muitas empresas, a escassez de mão de obra qualificada, que, se não for logo encarado com eficiência pelo governo, se agravará, caso a economia brasileira continue a crescer mais do que as do mundo rico e os investimentos públicos e privados sejam realizados de acordo com os cronogramas anunciados.
DEPOIS da crise econômica global de 2008, especial emente, o País se tornou um mercado atraente e com muitas oportunidades para profissionais que, em seus países de origem, enfrentam dificuldades para encontrar trabalho. Além de capital externo, os grandes projetos de investimentos, já em execução ou previstos para setores essenciais da economia, como energia e infraestrutura, e as perspectivas de crescimento da economia brasileira atraem também trabalhadores do exterior em número crescente.
NO primeiro semestre deste ano, 26.545 estrangeiros obtiveram autorização do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) - exigência formal indispensável - para trabalhar no Brasil. É um número 19,4% maior do que o de autorizações concedidas no primeiro semestre de 2010 e 143,7% maior do que o de igual período de 2006. No futuro próximo, o fluxo deverá ser ainda mais forte. "Como nos países de origem a situação econômica está muito difícil, a chegada de novos trabalhadores internacionais tende a aumentar nos próximos anos", previu o professor Celso Grisi, da Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP) em entrevista à nossa reportagem.
DOS estrangeiros autorizados a trabalhar no País no primeiro semestre deste ano, 53% têm nível superior. Eles são atraídos por trabalhos na área de engenharia, especialmente nos segmentos relacionados aos projetos de exploração do petróleo na camada do pré-sal. Também a construção civil vem recebendo grande número de trabalhadores estrangeiros com formação superior. Regiões que não atraíam estrangeiros registram este ano forte aumento da entrada desses profissionais, mas, em números absolutos, a Região Sudeste continua sendo o destino preferido da maioria deles.
MUITOS desses profissionais vêm para o País transferidos temporariamente de seus locais de origem para a montagem de equipamentos e treinamento de trabalhadores locais que se responsabilizarão pela operação e manutenção desses bens.
PORÉM, outros vêm suprir a carência no mercado brasileiro de profissionais com conhecimentos técnicos em determinadas áreas, entre as quais o empresariado industrial e empresas especializadas em gestão de recursos humanos lembram as áreas de engenharia, biotecnologia e geologia, além dos segmentos ligados à exploração de petróleo.
UM estudo divulgado em Abril último pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 69% das 1.616 empresas consultadas afirmaram ter dificuldades para preencher as vagas de trabalhador qualificado. Na construção civil, 89% das empresas relataram problemas para a contratação de profissionais com qualificação. A escassez não é só de engenheiros. Faltam também técnicos, operadores e até profissionais de nível básico.
NO setor privado, projetos de novas unidades ou de ampliação e modernização das já existentes poderão ser prejudicados por essa escassez. Grandes obras nas áreas de infraestrutura - como usinas hidrelétricas, portos, aeroportos e rodovias - ou para a realização da Copa do Mundo da FIFA em 2014 igualmente correm risco de atraso ou até de paralisação pelo mesmo problema.
TAÍ mais uma consequência do atraso do Brasil na mudança de seu sistema educacional, incapaz de preparar adequadamente a população.
PORÉM reflete, também, o problema já detectado por muitas empresas, a escassez de mão de obra qualificada, que, se não for logo encarado com eficiência pelo governo, se agravará, caso a economia brasileira continue a crescer mais do que as do mundo rico e os investimentos públicos e privados sejam realizados de acordo com os cronogramas anunciados.
DEPOIS da crise econômica global de 2008, especial emente, o País se tornou um mercado atraente e com muitas oportunidades para profissionais que, em seus países de origem, enfrentam dificuldades para encontrar trabalho. Além de capital externo, os grandes projetos de investimentos, já em execução ou previstos para setores essenciais da economia, como energia e infraestrutura, e as perspectivas de crescimento da economia brasileira atraem também trabalhadores do exterior em número crescente.
NO primeiro semestre deste ano, 26.545 estrangeiros obtiveram autorização do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) - exigência formal indispensável - para trabalhar no Brasil. É um número 19,4% maior do que o de autorizações concedidas no primeiro semestre de 2010 e 143,7% maior do que o de igual período de 2006. No futuro próximo, o fluxo deverá ser ainda mais forte. "Como nos países de origem a situação econômica está muito difícil, a chegada de novos trabalhadores internacionais tende a aumentar nos próximos anos", previu o professor Celso Grisi, da Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP) em entrevista à nossa reportagem.
DOS estrangeiros autorizados a trabalhar no País no primeiro semestre deste ano, 53% têm nível superior. Eles são atraídos por trabalhos na área de engenharia, especialmente nos segmentos relacionados aos projetos de exploração do petróleo na camada do pré-sal. Também a construção civil vem recebendo grande número de trabalhadores estrangeiros com formação superior. Regiões que não atraíam estrangeiros registram este ano forte aumento da entrada desses profissionais, mas, em números absolutos, a Região Sudeste continua sendo o destino preferido da maioria deles.
MUITOS desses profissionais vêm para o País transferidos temporariamente de seus locais de origem para a montagem de equipamentos e treinamento de trabalhadores locais que se responsabilizarão pela operação e manutenção desses bens.
PORÉM, outros vêm suprir a carência no mercado brasileiro de profissionais com conhecimentos técnicos em determinadas áreas, entre as quais o empresariado industrial e empresas especializadas em gestão de recursos humanos lembram as áreas de engenharia, biotecnologia e geologia, além dos segmentos ligados à exploração de petróleo.
UM estudo divulgado em Abril último pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 69% das 1.616 empresas consultadas afirmaram ter dificuldades para preencher as vagas de trabalhador qualificado. Na construção civil, 89% das empresas relataram problemas para a contratação de profissionais com qualificação. A escassez não é só de engenheiros. Faltam também técnicos, operadores e até profissionais de nível básico.
NO setor privado, projetos de novas unidades ou de ampliação e modernização das já existentes poderão ser prejudicados por essa escassez. Grandes obras nas áreas de infraestrutura - como usinas hidrelétricas, portos, aeroportos e rodovias - ou para a realização da Copa do Mundo da FIFA em 2014 igualmente correm risco de atraso ou até de paralisação pelo mesmo problema.
TAÍ mais uma consequência do atraso do Brasil na mudança de seu sistema educacional, incapaz de preparar adequadamente a população.
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