Retrato do momento
ITU (SP) – ESTA diferença de sete pontos porcentuais entre Dilma Rousseff (PT-RS) e José Serra (PSDB-SP) captada pela primeira pesquisa do segundo turno parece maior do que é de fato. Com apenas dois candidatos na disputa, o voto que sai de um vai para o outro. Os votos dos eleitores vira-casaca contam em dobro. Se 4% dos votos válidos trocassem de lado, Serra empataria com Dilma, ou a petista dobraria sua vantagem - dependendo de para onde o vento sopre. Como se vê, é uma margem apertada.
ADEMAIS, o Instituto Datafolha encontrou 7% de eleitores indecisos. Um cenário possível é que eles venham a se distribuir da mesma maneira que os eleitores de Marina Silva (PV-AC) e dos candidatos dos partidos nanicos já se distribuíram até agora, isto é, na proporção de dois para um em favor de Serra. Se isso acontecer, o candidato oposicionista passaria de 41% para entre 45% e 46% do total de votos, enquanto a candidata governista iria de 48% para entre 50% e 51%. A diferença entre eles poderia cair de 7 pontos para, no limite mínimo, 4 pontos.
NA ELEIÇÃO presidencial de 2006, o porcentual de votos brancos e nulos caiu do primeiro para o segundo turno (porque eram menos cargos e a votação ficou mais fácil), mas a abstenção aumentou. A quantidade de votos válidos foi praticamente igual.
SE ESSE cenário for mantido em 2010, Rousseff e Serra estariam disputando 101,6 milhões de votos (os válidos do primeiro turno). Aplicados os índices do Instituto Datafolha, a candidata petista teria hoje 50,8 milhões de votos, e o candidato peessedebista, 43,4 milhões. A diferença entre eles, de pouco mais de 7 milhões de eleitores, equivale aos 7% de indecisos, que na urna precisarão votar em alguém. Se conquistados todos pelo ex-governador de São Paulo, o que é improvável, seriam suficientes para Serra empatar com a ex-ministra-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, sem precisar cooptar nenhum eleitor dela.
DESTACADA parcela de eleitores que votaram em outros candidatos no primeiro turno não ficou esperando a orientação de quem quer que seja para decidir seu voto. E não deve ser isso que vai definir o destino da eleição, apesar de petistas e peessedebistas bajularem a senadora Marina Silva por seu apoio formal neste segundo turno eleitoral.
COMPARANDO com o primeiro turno, Rousseff ganhou até agora 3,1 milhões de votos, e Serra amealhou 10,2 milhões de novos eleitores. Os que trocaram Rousseff por Marina Silva na reta final do primeiro turno por motivos religiosos provavelmente já migraram para Serra e dificilmente voltarão para o colo da candidata petista. Pelos números do Instituto Datafolha, são principalmente do sexo feminino.
FAVORAVELMENTE, Rousseff conta com o eleitorado da Região Nordeste e dos municípios onde o programa Bolsa-Família tem mais peso. O programa funciona como uma espécie de paraquedas da candidata petista, lhe fornecendo um piso alto nessa Região.
E COM as eminentes dificuldades para crescer nas Regiões Norte/Nordeste do, resta a Serra ampliar sua vantagem no Sul e ganhar votos no Sudeste, principalmente nas maiores cidades, onde se concentra o eleitorado que votou em Marina. É lá que deve ser travada a batalha do segundo turno.
ADEMAIS, o Instituto Datafolha encontrou 7% de eleitores indecisos. Um cenário possível é que eles venham a se distribuir da mesma maneira que os eleitores de Marina Silva (PV-AC) e dos candidatos dos partidos nanicos já se distribuíram até agora, isto é, na proporção de dois para um em favor de Serra. Se isso acontecer, o candidato oposicionista passaria de 41% para entre 45% e 46% do total de votos, enquanto a candidata governista iria de 48% para entre 50% e 51%. A diferença entre eles poderia cair de 7 pontos para, no limite mínimo, 4 pontos.
NA ELEIÇÃO presidencial de 2006, o porcentual de votos brancos e nulos caiu do primeiro para o segundo turno (porque eram menos cargos e a votação ficou mais fácil), mas a abstenção aumentou. A quantidade de votos válidos foi praticamente igual.
SE ESSE cenário for mantido em 2010, Rousseff e Serra estariam disputando 101,6 milhões de votos (os válidos do primeiro turno). Aplicados os índices do Instituto Datafolha, a candidata petista teria hoje 50,8 milhões de votos, e o candidato peessedebista, 43,4 milhões. A diferença entre eles, de pouco mais de 7 milhões de eleitores, equivale aos 7% de indecisos, que na urna precisarão votar em alguém. Se conquistados todos pelo ex-governador de São Paulo, o que é improvável, seriam suficientes para Serra empatar com a ex-ministra-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, sem precisar cooptar nenhum eleitor dela.
DESTACADA parcela de eleitores que votaram em outros candidatos no primeiro turno não ficou esperando a orientação de quem quer que seja para decidir seu voto. E não deve ser isso que vai definir o destino da eleição, apesar de petistas e peessedebistas bajularem a senadora Marina Silva por seu apoio formal neste segundo turno eleitoral.
COMPARANDO com o primeiro turno, Rousseff ganhou até agora 3,1 milhões de votos, e Serra amealhou 10,2 milhões de novos eleitores. Os que trocaram Rousseff por Marina Silva na reta final do primeiro turno por motivos religiosos provavelmente já migraram para Serra e dificilmente voltarão para o colo da candidata petista. Pelos números do Instituto Datafolha, são principalmente do sexo feminino.
FAVORAVELMENTE, Rousseff conta com o eleitorado da Região Nordeste e dos municípios onde o programa Bolsa-Família tem mais peso. O programa funciona como uma espécie de paraquedas da candidata petista, lhe fornecendo um piso alto nessa Região.
E COM as eminentes dificuldades para crescer nas Regiões Norte/Nordeste do, resta a Serra ampliar sua vantagem no Sul e ganhar votos no Sudeste, principalmente nas maiores cidades, onde se concentra o eleitorado que votou em Marina. É lá que deve ser travada a batalha do segundo turno.
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