O gigante chinês se mexeu
RIO DE JANEIRO (RJ) - A AUTORIDADE monetária na China (o Banco Central de lá!) aumentou em 0,5 ponto porcentual - de 12% para 12,5% - o compulsório dos grandes bancos, para enxugar o excesso de moeda na economia e esfriar o ritmo da atividade. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu estimados 8,3%, em 2009, e crescerá mais neste ano. Mas também cresceram, em 2009, os sinais de desequilíbrio, em especial a especulação com imóveis e ações.
ESSE NOVO compulsório entrou em vigor na última Segunda-feira, 18, e o seu anúncio causou impacto imediato nos mercados, derrubando, primeiro, os índices de ações das bolsas de Hong Kong, de Xangai e dos mercados asiáticos. E a queda atingiu outros mercados durante toda essa semana que passou.
EM UM país, como é o caso da China, sensível aos sinais da autoridade monetária, a alta de apenas 0,08 ponto porcentual nos títulos do governo com prazo de um ano bastou para indicar crédito mais caro e contido, mudando a tendência.
DE DEZEMBRO de 2008 a Dezembro de 2009, mais que dobraram os empréstimos e, na primeira semana deste Janeiro, o crédito bancário aumentou 600 bilhões de yuans (US$ 88 bilhões), 7,5% do crescimento previsto para o ano, alimentado pela expansão de 34,6%, em 2009, dos meios de pagamentos. O ritmo foi tido como insustentável por autoridades e analistas privados.
AQUELE país enfrentou a crise econômica internacional, que eclodiu em 2008, injetando US$ 585 bilhões na economia entre outros estímulos. Evitou a queda abrupta do crescimento, mas colheu o superaquecimento de sua economia: a China tornou-se o maior mercado consumidor de automóveis do mundo, absorvendo 13,6 milhões de unidades. As exportações de Dezembro de 2009, 17,7% maiores que as de Dezembro de 2008, superaram as exportações da Alemanha.
É MUITO provável que as medidas de contenção não modifiquem a essência da política econômica chinesa, mas frearão o crédito fácil. E não terá retorno parte relevante dos empréstimos a instituições de fomento. Teme-se que a China esteja em processo de bolha econômica, pois há muitos créditos podres.
O PAÍS depende do yuan fraco para manter o superávit comercial e reservas de US$ 2,3 trilhões. Mas o governo dos Estados Unidos da América (EUA) quer que a autoridade monetária da China valorize o yuan, reduza o superávit e facilite as exportações. Até agora o governo chinês resiste à ideia, mas há dúvidas sobre se conseguirá manter a poupança interna elevada, pleno emprego e baixo consumo interno. O modelo econômico chinês mostrou-se à prova de tensões, mas a redução das margens dos exportadores e o desconforto dos produtores de minério de vender grande parte da produção para um só cliente são sinais desconfortantes.
ESSE NOVO compulsório entrou em vigor na última Segunda-feira, 18, e o seu anúncio causou impacto imediato nos mercados, derrubando, primeiro, os índices de ações das bolsas de Hong Kong, de Xangai e dos mercados asiáticos. E a queda atingiu outros mercados durante toda essa semana que passou.
EM UM país, como é o caso da China, sensível aos sinais da autoridade monetária, a alta de apenas 0,08 ponto porcentual nos títulos do governo com prazo de um ano bastou para indicar crédito mais caro e contido, mudando a tendência.
DE DEZEMBRO de 2008 a Dezembro de 2009, mais que dobraram os empréstimos e, na primeira semana deste Janeiro, o crédito bancário aumentou 600 bilhões de yuans (US$ 88 bilhões), 7,5% do crescimento previsto para o ano, alimentado pela expansão de 34,6%, em 2009, dos meios de pagamentos. O ritmo foi tido como insustentável por autoridades e analistas privados.
AQUELE país enfrentou a crise econômica internacional, que eclodiu em 2008, injetando US$ 585 bilhões na economia entre outros estímulos. Evitou a queda abrupta do crescimento, mas colheu o superaquecimento de sua economia: a China tornou-se o maior mercado consumidor de automóveis do mundo, absorvendo 13,6 milhões de unidades. As exportações de Dezembro de 2009, 17,7% maiores que as de Dezembro de 2008, superaram as exportações da Alemanha.
É MUITO provável que as medidas de contenção não modifiquem a essência da política econômica chinesa, mas frearão o crédito fácil. E não terá retorno parte relevante dos empréstimos a instituições de fomento. Teme-se que a China esteja em processo de bolha econômica, pois há muitos créditos podres.
O PAÍS depende do yuan fraco para manter o superávit comercial e reservas de US$ 2,3 trilhões. Mas o governo dos Estados Unidos da América (EUA) quer que a autoridade monetária da China valorize o yuan, reduza o superávit e facilite as exportações. Até agora o governo chinês resiste à ideia, mas há dúvidas sobre se conseguirá manter a poupança interna elevada, pleno emprego e baixo consumo interno. O modelo econômico chinês mostrou-se à prova de tensões, mas a redução das margens dos exportadores e o desconforto dos produtores de minério de vender grande parte da produção para um só cliente são sinais desconfortantes.
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