O oportuno retorno do Maneco
O NOSSO Leblon, o calçadão, o mar do Posto Dez, o Mirante, o Baixo Bebe, as Livrarias Argumento e Letras & Expressões, a Padaria Rio-Lisboa, tudo está lá. Logo a personagem interpretada pela eficiente Taís Araújo se apresentou: Helena. O mineiro José Mayer (na pele de Marcos) ressurgiu como galã e Lília Cabral, bem Lilia Cabral... foi uma das rainhas nessa semana de estréia, como era de se esperar — representou sua Tereza contraditória, com aquela amargura que caracteriza a pegada naturalista que é a assinatura do autor Manoel Carlos (Maneco). Imagens lindas, marcas registradas do diretor Jayme Monjardim, ajudaram a começar a contar a história de “Viver a vida”, telenovela que desde a última 2a Feira, 14, vem sendo exibida na faixa nobre das 21h na TV Globo.
COM SUA beleza exuberante, Taís Araújo fez bonito nas passarelas e nas cenas em que Helena gravava um documentário conduzido pela jornalista Bianca Ramoneda (canal GLOBONEWS/GLOBOSAT). Foi um bem-sucedido recurso de apresentação da personagem e de seu ambiente. No entanto, Taís Araújo ainda mostrou pouco da Helena de casa, aquela que não joga para a galera. Esta faceta não pública da Topmodel será o grande desafio da jovem atriz.
JÁ A ATRIZ Alinne Moraes brilhou como (Luciana) a modete complicada e perfeitinha, patricinha voluntariosa como tantas que se vêem por aí. Quanto ao veterano José Mayer — Maneco disse isso e tem razão — é uma aposta sem riscos. Tudo bem que ele tenha mostrado versatilidade como o Augusto César de “A favorita” (de João Emanuel Carneiro, 2008), mas bom mesmo é vê-lo de novo em grande forma como galã maduro e conquistador, driblando os apelos para a canastrice que personagens como este têm por natureza.
E O MESMO Maneco que deu a Lilia Cabral seu melhor personagem na TV — a Marta em “Páginas da vida” (2006) — sabe do que ela é capaz. Apesar de ter tido aparições rápidas na estréia, Lilia não fez pouco: apresentou Tereza, uma divorciada multifacetada, bem construída, com convicções que pareciam ter estado lá há uma novela inteira já chegando ao fim.
OUTROS destaques nessa primeira semana são: o ator Mateus Solano, interpretando os gêmeos Jorge e Miguel, e a atriz Bárbara Paz (Renata), em breves mas relevantes seqüências. Solano se saiu bem tanto na parceria com Alinne Moraes quanto com Bárbara Paz. E Adriana Birolli (Isabel), novata na TV, também chamou a atenção, assim como Letícia Spiller (Betina), finalmente tendo sua chance como uma personagem que escapa da caricatura. Já Danielle Suzuki (Ellen), pouco explorada, ainda pode chegar lá, mas precisa reduzir a marcha e as marcações. O mesmo vale para Aparecida Petrowky (Sandrinha), que dividiu a cena com ela na estréia.
“VIVER A VIDA” teve um pouco do glamour do mundo da moda, além das belezas de Búzios (RJ), Paraty (RJ) e Cabo Frio (RJ). Mas o melhor do capítulo foi a grande especialidade de Maneco: a exposição do que a máscara social costuma esconder, as pequenas disputas, a inveja entre irmãos, os sentimentos mesquinhos, a competição profissional e as inseguranças. Na mão dele, tudo isso serve para construir uma história aparentemente plácida como a paisagem de Búzios, mas na verdade tensa até demais.
O DIRETOR Jayme Monjardim, em sua terceira parceria com Maneco, pareceu mais afinado do que nunca com o texto do telenovelista, apresentando seqüências ensolaradas e emocionantes, no tom certo, sem pressa, mas sem maiores divagações, pautado pelo roteiro. E as seqüências de perseguição numa favela, envolvendo Marcello Melo (Benê) e muita figuração foram bem dirigidas, lembraram o arrastão da estréia de “Páginas da vida” e reforçaram a certeza de que Monjardim é capaz de boa pontaria também fora do drama psicológico. A abertura levantou dúvidas: é resultado de minimalismo “cabeça” intencional, ou faltou inspiração? No mais, esta primeira semana de exibição de “Viver a Vida” acabou deixando aquela sensação de alegria pela volta do Maneco ao mais nobre dos horários da nossa TV, salve ele. Ele merece!
COM SUA beleza exuberante, Taís Araújo fez bonito nas passarelas e nas cenas em que Helena gravava um documentário conduzido pela jornalista Bianca Ramoneda (canal GLOBONEWS/GLOBOSAT). Foi um bem-sucedido recurso de apresentação da personagem e de seu ambiente. No entanto, Taís Araújo ainda mostrou pouco da Helena de casa, aquela que não joga para a galera. Esta faceta não pública da Topmodel será o grande desafio da jovem atriz.
JÁ A ATRIZ Alinne Moraes brilhou como (Luciana) a modete complicada e perfeitinha, patricinha voluntariosa como tantas que se vêem por aí. Quanto ao veterano José Mayer — Maneco disse isso e tem razão — é uma aposta sem riscos. Tudo bem que ele tenha mostrado versatilidade como o Augusto César de “A favorita” (de João Emanuel Carneiro, 2008), mas bom mesmo é vê-lo de novo em grande forma como galã maduro e conquistador, driblando os apelos para a canastrice que personagens como este têm por natureza.
E O MESMO Maneco que deu a Lilia Cabral seu melhor personagem na TV — a Marta em “Páginas da vida” (2006) — sabe do que ela é capaz. Apesar de ter tido aparições rápidas na estréia, Lilia não fez pouco: apresentou Tereza, uma divorciada multifacetada, bem construída, com convicções que pareciam ter estado lá há uma novela inteira já chegando ao fim.
OUTROS destaques nessa primeira semana são: o ator Mateus Solano, interpretando os gêmeos Jorge e Miguel, e a atriz Bárbara Paz (Renata), em breves mas relevantes seqüências. Solano se saiu bem tanto na parceria com Alinne Moraes quanto com Bárbara Paz. E Adriana Birolli (Isabel), novata na TV, também chamou a atenção, assim como Letícia Spiller (Betina), finalmente tendo sua chance como uma personagem que escapa da caricatura. Já Danielle Suzuki (Ellen), pouco explorada, ainda pode chegar lá, mas precisa reduzir a marcha e as marcações. O mesmo vale para Aparecida Petrowky (Sandrinha), que dividiu a cena com ela na estréia.
“VIVER A VIDA” teve um pouco do glamour do mundo da moda, além das belezas de Búzios (RJ), Paraty (RJ) e Cabo Frio (RJ). Mas o melhor do capítulo foi a grande especialidade de Maneco: a exposição do que a máscara social costuma esconder, as pequenas disputas, a inveja entre irmãos, os sentimentos mesquinhos, a competição profissional e as inseguranças. Na mão dele, tudo isso serve para construir uma história aparentemente plácida como a paisagem de Búzios, mas na verdade tensa até demais.
O DIRETOR Jayme Monjardim, em sua terceira parceria com Maneco, pareceu mais afinado do que nunca com o texto do telenovelista, apresentando seqüências ensolaradas e emocionantes, no tom certo, sem pressa, mas sem maiores divagações, pautado pelo roteiro. E as seqüências de perseguição numa favela, envolvendo Marcello Melo (Benê) e muita figuração foram bem dirigidas, lembraram o arrastão da estréia de “Páginas da vida” e reforçaram a certeza de que Monjardim é capaz de boa pontaria também fora do drama psicológico. A abertura levantou dúvidas: é resultado de minimalismo “cabeça” intencional, ou faltou inspiração? No mais, esta primeira semana de exibição de “Viver a Vida” acabou deixando aquela sensação de alegria pela volta do Maneco ao mais nobre dos horários da nossa TV, salve ele. Ele merece!
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