A boa surpresa de Maio
NO MÊS de maio, depois de dois meses de saques maiores que as aplicações nas cadernetas de poupança, não houve mais perdas. E o saldo é positivo para os cinco primeiros meses do ano. O importante aí é que, apesar do aumento do endividamento, a poupança popular cresceu.
NÂO há sombra de dúvida de que, quando se começou a falar da redução dos juros para as cadernetas de poupança - o que parecia indispensável diante da queda da taxa Selic -, houve um sobressalto. É que passou a haver a probabilidade de que as cadernetas - que hoje não pagam Imposto de Renda (IR) nem Taxa de Administração (TA) - iriam oferecer uma rentabilidade superior à das aplicações de longo prazo, embora as cadernetas tenham um prazo de aplicação de apenas um mês, isto é, uma liquidez total.
O GOVERNO demorou para tomar uma decisão num assunto que incomodava o vosso presidente da República, Luiz Inácio da Silva (PT-SP), que não queria ser responsável por uma queda de remuneração da poupança popular. O caminho encontrado, que na realidade representa apenas uma solução de compromisso, foi manter essa remuneração, mas apenas para os depósitos de poupança de até R$ 50 mil.
COM O fim da incerteza sobre o que o governo faria, os depósitos, que já haviam sido afetados pela crise financeira, voltaram a crescer.
TODAVIA existe um outro fator que levou o público a dar mais atenção a essa aplicação: com a redução da inflação e da taxa de juros real (deduzida a inflação), a remuneração de 6% das cadernetas se torna mais atraente e tem perspectiva de melhorar no futuro.
É INTERESSANTE notar, porém, que a recuperação das cadernetas ocorre sem que se note uma transferência de outras aplicações em títulos de renda fixa. Estamos, pois, realmente diante de um aumento global da poupança.
É POSSÍVEL que o atual ambiente econômico, de alta do desemprego e maior endividamento familiar, tenha induzido o público a manter uma certa reserva financeira, o que foi estimulado pelo aumento da remuneração real da poupança.
COM UM saldo de R$ 278,5 bilhões (que, é bom lembrar, será em parte utilizado para o financiamento de casas populares), não se pode pensar no perigo de uma redução das vendas no varejo, pois paralelamente houve um aumento do crédito. Um crescimento da poupança representa um fato positivo que, a longo prazo, pode favorecer uma redução dos preços, que hoje incluem os juros dos financiamentos...
NÂO há sombra de dúvida de que, quando se começou a falar da redução dos juros para as cadernetas de poupança - o que parecia indispensável diante da queda da taxa Selic -, houve um sobressalto. É que passou a haver a probabilidade de que as cadernetas - que hoje não pagam Imposto de Renda (IR) nem Taxa de Administração (TA) - iriam oferecer uma rentabilidade superior à das aplicações de longo prazo, embora as cadernetas tenham um prazo de aplicação de apenas um mês, isto é, uma liquidez total.
O GOVERNO demorou para tomar uma decisão num assunto que incomodava o vosso presidente da República, Luiz Inácio da Silva (PT-SP), que não queria ser responsável por uma queda de remuneração da poupança popular. O caminho encontrado, que na realidade representa apenas uma solução de compromisso, foi manter essa remuneração, mas apenas para os depósitos de poupança de até R$ 50 mil.
COM O fim da incerteza sobre o que o governo faria, os depósitos, que já haviam sido afetados pela crise financeira, voltaram a crescer.
TODAVIA existe um outro fator que levou o público a dar mais atenção a essa aplicação: com a redução da inflação e da taxa de juros real (deduzida a inflação), a remuneração de 6% das cadernetas se torna mais atraente e tem perspectiva de melhorar no futuro.
É INTERESSANTE notar, porém, que a recuperação das cadernetas ocorre sem que se note uma transferência de outras aplicações em títulos de renda fixa. Estamos, pois, realmente diante de um aumento global da poupança.
É POSSÍVEL que o atual ambiente econômico, de alta do desemprego e maior endividamento familiar, tenha induzido o público a manter uma certa reserva financeira, o que foi estimulado pelo aumento da remuneração real da poupança.
COM UM saldo de R$ 278,5 bilhões (que, é bom lembrar, será em parte utilizado para o financiamento de casas populares), não se pode pensar no perigo de uma redução das vendas no varejo, pois paralelamente houve um aumento do crédito. Um crescimento da poupança representa um fato positivo que, a longo prazo, pode favorecer uma redução dos preços, que hoje incluem os juros dos financiamentos...
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