Articulações no Palácio da Liberdade
AO QUE parece o governador do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG) irá mesmo articular uma composição e sair candidato a uma cadeira no Senado da República no ano que vem - ou mesmo a vice-presidência da República numa composição com o governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB-SP) - e, o hoje vice-governador de Minas Gerais, Antonio Augusto Juno Anastásia (PSDB-MG) disputará o Governo do Estado em 2010.
PELOS CORREDORES do Palácio da Liberdade, poucos auxiliares do Executivo estão preocupados com as atuais pesquisas de intenção de voto, nas quais Anastasia não está bem na fita. No último dia 14, por exemplo, uma pesquisa do Instituto Sensus foi divulgada. Num dos cenários, o atual ministro de Estado das Comunicações, Hélio Costa (PMDB-MG) teria 50,1% dos votos, contra 26,3% do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Damata Pimentel (PT-MG), e 6,5% do 3º colocado, o vice-governador Anastasia.
A HISTORIA nos mostra exemplos de superação eleitoral, envolvendo até o próprio Hélio Costa. Aconteceu com o hoje também senador da República, Eduardo Brandão Azeredo (PSDB-MG), filho do saudoso ex-deputado Renato Azeredo, um dos maiores estrategistas da política mineira, companheiro inseparável do saudoso ex-presidente eleito da República, Tancredo de Almeida Neves. Renato Azeredo era secretário-geral do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e coordenou, com o saudoso ex-deputado Jorge Ferraz, presidente do diretório estadual da legenda, a campanha de Tancredo Neves para uma cadeira ao Senado Federal, em 1978. Ano este em que a Oposição ao Regime Militar conseguiu uma das suas maiores conquistas contra a ditadura militar: para o Senado, o MDB obteve 4,2 milhões de votos a mais que a Arena (partido de Direita que apoiava o governo militar). Nos colégios eleitorais mais politizados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fazendo oito senadores contra 14 da Arena, que, como todo partido de plantão no Palácio do Planalto, sempre ganha nos burgos pobres do Norte e Nordeste. Hoje como naquela época continuamos com o mesmo cenário.
QUADRO técnico do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), do qual foi um dos fundadores, formado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Eduardo Brandão Azeredo não era do ramo como seu pai. Ele entrou na chapa da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, em 1988, como vice do ex-deputado Pimenta da Veiga (PSDB-MG). Depois, ganhou a vaga de prefeito quando Pimenta da Veiga se desincompatibilizou para concorrer ao Governo do Estado de Minas Gerais, em 1990. Este perdeu a eleição para o ex-governador Hélio Garcia. Naquela eleição, Hélio Costa foi o 2º colocado, Pimenta da Veiga o 3º, e o hoje deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), o 4º. Na eleição seguinte, Azeredo saiu para governador com míseros 3% nas pesquisas, quando Hélio Costa estava com 70%. No primeiro turno, deu Hélio Costa com 48,30% dos votos válidos, Azeredo com 27,20%, e José Alencar, com 10,71%. No 2º turno, com o apoio do então governador Hélio Garcia, Azeredo virou e ganhou a eleição com 58,65% dos votos. Hélio Costa ficou com 41,35%.
O VICE Anastasia encontra-se hoje na mesma situação de Azeredo em 1994. Na rabeira das pesquisas. Em abril do ano que vem, Anastasia deve melhorar depois que assumir a cadeira de governador por oito meses. Aécio vai deixar o cargo para ser candidato - a Vice-Presidência da República ou ao Senado. Anastasia terá não só mais visibilidade, embora já esteja, toda semana, viajando o Estado de ponta a ponta, fazendo contatos com lideranças e prefeitos. A máquina pode fazer a diferença. Em Minas Gerais, conforme a tradição, é forte o chamado Partido do Palácio da Liberdade. Devem compor a aliança com Anastasia todos os partidos que integram hoje a base de Aécio na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALEMG), entre eles o Partido Popular (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido da República (PR), Partido Popular Socialista (PPS), Partido Democrático Trabalhista (PDT) e até o Partido Socialista Brasileiro (PSB) do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda.
PELOS CORREDORES do Palácio da Liberdade, poucos auxiliares do Executivo estão preocupados com as atuais pesquisas de intenção de voto, nas quais Anastasia não está bem na fita. No último dia 14, por exemplo, uma pesquisa do Instituto Sensus foi divulgada. Num dos cenários, o atual ministro de Estado das Comunicações, Hélio Costa (PMDB-MG) teria 50,1% dos votos, contra 26,3% do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Damata Pimentel (PT-MG), e 6,5% do 3º colocado, o vice-governador Anastasia.
A HISTORIA nos mostra exemplos de superação eleitoral, envolvendo até o próprio Hélio Costa. Aconteceu com o hoje também senador da República, Eduardo Brandão Azeredo (PSDB-MG), filho do saudoso ex-deputado Renato Azeredo, um dos maiores estrategistas da política mineira, companheiro inseparável do saudoso ex-presidente eleito da República, Tancredo de Almeida Neves. Renato Azeredo era secretário-geral do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e coordenou, com o saudoso ex-deputado Jorge Ferraz, presidente do diretório estadual da legenda, a campanha de Tancredo Neves para uma cadeira ao Senado Federal, em 1978. Ano este em que a Oposição ao Regime Militar conseguiu uma das suas maiores conquistas contra a ditadura militar: para o Senado, o MDB obteve 4,2 milhões de votos a mais que a Arena (partido de Direita que apoiava o governo militar). Nos colégios eleitorais mais politizados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fazendo oito senadores contra 14 da Arena, que, como todo partido de plantão no Palácio do Planalto, sempre ganha nos burgos pobres do Norte e Nordeste. Hoje como naquela época continuamos com o mesmo cenário.
QUADRO técnico do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), do qual foi um dos fundadores, formado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Eduardo Brandão Azeredo não era do ramo como seu pai. Ele entrou na chapa da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, em 1988, como vice do ex-deputado Pimenta da Veiga (PSDB-MG). Depois, ganhou a vaga de prefeito quando Pimenta da Veiga se desincompatibilizou para concorrer ao Governo do Estado de Minas Gerais, em 1990. Este perdeu a eleição para o ex-governador Hélio Garcia. Naquela eleição, Hélio Costa foi o 2º colocado, Pimenta da Veiga o 3º, e o hoje deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), o 4º. Na eleição seguinte, Azeredo saiu para governador com míseros 3% nas pesquisas, quando Hélio Costa estava com 70%. No primeiro turno, deu Hélio Costa com 48,30% dos votos válidos, Azeredo com 27,20%, e José Alencar, com 10,71%. No 2º turno, com o apoio do então governador Hélio Garcia, Azeredo virou e ganhou a eleição com 58,65% dos votos. Hélio Costa ficou com 41,35%.
O VICE Anastasia encontra-se hoje na mesma situação de Azeredo em 1994. Na rabeira das pesquisas. Em abril do ano que vem, Anastasia deve melhorar depois que assumir a cadeira de governador por oito meses. Aécio vai deixar o cargo para ser candidato - a Vice-Presidência da República ou ao Senado. Anastasia terá não só mais visibilidade, embora já esteja, toda semana, viajando o Estado de ponta a ponta, fazendo contatos com lideranças e prefeitos. A máquina pode fazer a diferença. Em Minas Gerais, conforme a tradição, é forte o chamado Partido do Palácio da Liberdade. Devem compor a aliança com Anastasia todos os partidos que integram hoje a base de Aécio na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALEMG), entre eles o Partido Popular (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido da República (PR), Partido Popular Socialista (PPS), Partido Democrático Trabalhista (PDT) e até o Partido Socialista Brasileiro (PSB) do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda.
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