Animales tecnocratas da Educação
MILÃO - APÓS as dificuldades que tiveram de enfrentar para obter as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), divulgadas no último final de semana, estudantes de todo o Brasil passaram a ter problemas para se candidatar a uma das 83.125 vagas oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
OUTRA vez, como ocorreu no ano passado, o Ministério da Educação (MEC) se revelou incapaz de montar um sistema de informática em condição de atender à demanda de acessos feitos por candidatos a uma vaga numa Instituição Pública de Ensino Superior. A estimativa é de que o número de inscritos no Sisu de 2011 seja 77% superior ao número de inscritos em 2010.
E APESAE desse crescimento significativo, o MEC não tinha uma previsão de quantos estudantes poderiam entrar no site oficial do órgão na internet e preparou um sistema eletrônico capaz de suportar cerca de 350 a 400 inscrições por minuto. No entanto, desde que o acesso foi liberado para os estudantes, no Sábado, 15, a demanda chegou a mais de 600 pedidos por minuto, nos momentos mais críticos - isso sem levar em conta os problemas de senha causados por falhas técnicas do sistema. No Sábado e Domingo, 16, o site do MEC foi acessado mais de 16,5 milhões de vezes.
DEVIDO à sobrecarga de acessos, muitos estudantes demoraram mais de quatro horas somente para entrar no site. O processamento das inscrições também ficou lento. E o congestionamento do hotsite do Sisu - onde os candidatos fazem simulações para escolher a Instituição com base na média das notas que obtiveram no Enem - levou o sistema a cair várias vezes, deixando os vestibulandos apreensivos, uma vez que o prazo final para a inscrição está previsto para as 23h59 de hoje.
AO SE inscrever, o estudante tem direito a escolher dois cursos, selecionando um deles como primeira opção. E, durante os dias subseqüentes de inscrições, pôde alterar as escolhas com base nas notas de corte que são divulgadas no final de cada dia. Uma vez aprovado na primeira opção, seu nome é automaticamente retirado do sistema - e, se não fizer a matrícula, ele perde a vaga. Isso dá a medida da complexidade do processo de seleção do Sisu.
E APESAR da importância do mecanismo de seleção, os técnicos do MEC tentaram jogar parte da responsabilidade dos problemas do Sisu para cima dos vestibulandos, alegando que poderiam ser mais ágeis na formalização das inscrições e afirmando que alguns deles têm gastado cerca de 40 minutos para concluí-la. Para aliviar o sistema, o órgão impôs um tempo máximo de 20 minutos para cada acesso. E, para aplacar as críticas dos estudantes, prorrogou o prazo de inscrição por mais dois dias. Até as 19 horas do último Domingo, 16, cerca de 149 mil estudantes já haviam concluído a inscrição para concorrer às vagas oferecidas por 83 Instituições Públicas Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior, que utilizam exclusivamente as notas do Enem em seus processos seletivos.
É FATO que os problemas com o Enem começaram há dois anos, quando o MEC decidiu reformular radicalmente o sistema de avaliação do ensino médio, utilizando-o no lugar do concurso vestibular como processo seletivo das Universidades Públicas Federais. A iniciativa foi bem recebida pelos especialistas em educação, mas o órgão não se revelou capaz de dar conta da empreitada. Além dos problemas de informática, as provas do Enem de 2009 vazaram dias antes de sua realização, deixando claro que as autoridades educacionais não haviam tomado as medidas de segurança necessárias. Na seqüência de confusões, constatou-se que algumas questões da prova substitutiva continham questões com nítido viés político e ideológico, que tiveram de ser anuladas. E, no dia em que a prova foi finalmente realizada, o MEC divulgou o gabarito errado.
NA edição 2010 do exame, vazaram os dados pessoais de 12 milhões de alunos que se submeteram às edições do Enem entre 2007 e 2009. As informações, que deveriam ser mantidas em sigilo, foram expostas no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Também houve problemas na preparação das provas e na escolha da gráfica. E os novos problemas de informática no Sisu deste ano confirmam que pouca coisa está funcionando bem no MEC.
OUTRA vez, como ocorreu no ano passado, o Ministério da Educação (MEC) se revelou incapaz de montar um sistema de informática em condição de atender à demanda de acessos feitos por candidatos a uma vaga numa Instituição Pública de Ensino Superior. A estimativa é de que o número de inscritos no Sisu de 2011 seja 77% superior ao número de inscritos em 2010.
E APESAE desse crescimento significativo, o MEC não tinha uma previsão de quantos estudantes poderiam entrar no site oficial do órgão na internet e preparou um sistema eletrônico capaz de suportar cerca de 350 a 400 inscrições por minuto. No entanto, desde que o acesso foi liberado para os estudantes, no Sábado, 15, a demanda chegou a mais de 600 pedidos por minuto, nos momentos mais críticos - isso sem levar em conta os problemas de senha causados por falhas técnicas do sistema. No Sábado e Domingo, 16, o site do MEC foi acessado mais de 16,5 milhões de vezes.
DEVIDO à sobrecarga de acessos, muitos estudantes demoraram mais de quatro horas somente para entrar no site. O processamento das inscrições também ficou lento. E o congestionamento do hotsite do Sisu - onde os candidatos fazem simulações para escolher a Instituição com base na média das notas que obtiveram no Enem - levou o sistema a cair várias vezes, deixando os vestibulandos apreensivos, uma vez que o prazo final para a inscrição está previsto para as 23h59 de hoje.
AO SE inscrever, o estudante tem direito a escolher dois cursos, selecionando um deles como primeira opção. E, durante os dias subseqüentes de inscrições, pôde alterar as escolhas com base nas notas de corte que são divulgadas no final de cada dia. Uma vez aprovado na primeira opção, seu nome é automaticamente retirado do sistema - e, se não fizer a matrícula, ele perde a vaga. Isso dá a medida da complexidade do processo de seleção do Sisu.
E APESAR da importância do mecanismo de seleção, os técnicos do MEC tentaram jogar parte da responsabilidade dos problemas do Sisu para cima dos vestibulandos, alegando que poderiam ser mais ágeis na formalização das inscrições e afirmando que alguns deles têm gastado cerca de 40 minutos para concluí-la. Para aliviar o sistema, o órgão impôs um tempo máximo de 20 minutos para cada acesso. E, para aplacar as críticas dos estudantes, prorrogou o prazo de inscrição por mais dois dias. Até as 19 horas do último Domingo, 16, cerca de 149 mil estudantes já haviam concluído a inscrição para concorrer às vagas oferecidas por 83 Instituições Públicas Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior, que utilizam exclusivamente as notas do Enem em seus processos seletivos.
É FATO que os problemas com o Enem começaram há dois anos, quando o MEC decidiu reformular radicalmente o sistema de avaliação do ensino médio, utilizando-o no lugar do concurso vestibular como processo seletivo das Universidades Públicas Federais. A iniciativa foi bem recebida pelos especialistas em educação, mas o órgão não se revelou capaz de dar conta da empreitada. Além dos problemas de informática, as provas do Enem de 2009 vazaram dias antes de sua realização, deixando claro que as autoridades educacionais não haviam tomado as medidas de segurança necessárias. Na seqüência de confusões, constatou-se que algumas questões da prova substitutiva continham questões com nítido viés político e ideológico, que tiveram de ser anuladas. E, no dia em que a prova foi finalmente realizada, o MEC divulgou o gabarito errado.
NA edição 2010 do exame, vazaram os dados pessoais de 12 milhões de alunos que se submeteram às edições do Enem entre 2007 e 2009. As informações, que deveriam ser mantidas em sigilo, foram expostas no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Também houve problemas na preparação das provas e na escolha da gráfica. E os novos problemas de informática no Sisu deste ano confirmam que pouca coisa está funcionando bem no MEC.
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