A volta da velha tática fascista do “confundir para dominar”
RIO DE JANEIRO (RJ) - NESTA fase derradeira da campanha política do segundo turno da eleição presidencial de 2010 a baixaria se generalizou. É impossível determinar até que ponto o lamentável rebaixamento do nível do que deveria ser um debate político esclarecedor deve-se à ação direta dos comandos das campanhas eleitorais.
BOA parte dessa guerra suja, certamente, pode ser debitada à iniciativa irresponsável de militantes extremamente agressivos, de ambos os lados, que, principalmente pela internet, lançam mão das mais torpes mentiras para atacar os adversários. Mas há também o horário gratuito no Rádio e na TV, que nos últimos dias vem sendo usado cada vez mais para veicular ataques e acusações. E assim, tudo considerado, não há como eximir de culpa os responsáveis pela condução das campanhas. É tudo muito lamentável e a constatação a que se acaba chegando, com benevolência, é a de que este é, infelizmente, o tributo que se paga à imaturidade política e à fragilidade dos valores democráticos da sociedade brasileira - problemas que muitos julgavam já superados. Somos, portanto, todos responsáveis.
ESSA responsabilidade, porém, deve ser atribuída com peso proporcional à importância de cada um dos atores da cena política. E é aí que assoma o triste papel que vem desempenhando - na verdade, desde sempre – o vosso presidente da República. Luiz Inácio da Silva (PT-SP), que é, reconhecidamente, quem dá o tom da campanha da candidata governista a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT-RS), não hesita em partir para a agressão sempre que se vê contrariado. E não mede palavras quando parte para o ataque. Nada mais natural, portanto, que seu exemplo de agressividade seja seguido pelos militantes do lullopetismo. Até com agressão física, como a que ocorreu na última Quarta-feira, 20, em Campo Grande (RJ), contra o candidato da Oposição, José Serra (PSDB-SP).
LOGO apos o susto do primeiro turno eleitoral, vosso guia que se considera o inventor do Brasil resolveu partir para o tudo ou nada contra aqueles que elegeu como seus principais inimigos: a Aposição e a Imprensa. Na verdade, ele gosta de achar que uma e outra é a mesma coisa, mas isso faz parte da tática de confundir para dominar.
ESSA semana durante a entrega dos prêmios "As empresas mais admiradas do Brasil", ao qual compareceu a convite da revista semanal promotora do evento, “O-CARA!” desferiu: "Enquanto a classe política não perder o medo da Imprensa, a gente não vai ter liberdade de imprensa neste país. A covardia é muito grande". Pouco lisonjeiro para a "classe política", certamente. Mas qual será o significado real dessa exortação? Mais uma ameaça à Imprensa que não lhe rende loas? De fato, “O-CARA!” tem uma visão muito peculiar de qual deva ser o papel dos veículos de Comunicação de massa. Foto e exaltação à candidata Rousseff na capa do jornal da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – braço sindical do Partido dos Trabalhadores (PT) -, pode. Crítica ao PT na capa da Revista VEJA (Editora Abril) é "acinte à democracia e uma hipocrisia". A indignação do vosso guia parece resultar de que boa parte dos Jornais, Revistas, Rádios e TVs se nega a atender ao pouco que ele pede: "A única coisa que quero que digam é a verdade. Sejam contra ou a favor, mas digam a verdade". Mas, quando cada um tem a sua própria verdade, Luiz Inácio da Silva quer que fiquemos sempre com a ditada por ele e seus “bons companheiros”.
AINDA outro dia, em um comício realizado em Goiânia (GO), ao lado de sua escolhida para governar o Brasil, vosso guia “ensinou”: "Política a gente não pode fazer com ódio, com agressão. Ninguém aguenta mentira. Não tem nada pior do que um político mau caráter, alguém que não colocou um trilho na ferrovia dizer que ele fez a ferrovia", disse, referindo-se ao candidato ao governo do Estado de Goiás, o senador da República Marconi Perillo (PSDB-GO).
É CLARO que não se dá conta de que, partindo para a xingação pura e simples, está liberando os seus "balilas" do Rio de Janeiro (RJ) para a agressão física. Em caso algum se pode admitir que um presidente da República insulte adversários políticos do alto de um palanque eleitoral. No caso de Luiz Inácio da Silva, porém, a coisa é mais grave, considerando-se que se cercando das companhias de que se cercou para constituir maioria no Congresso Nacional – incluindo-se a ai aquela pratica do “Mensalão” denunciada pela Procuradoria-Geral da Justiça ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2006, que autoridade moral tem “O-CARA!” para acusar alguém de mau-caratismo?
É FATO que como cidadão, Luiz Inácio da Silva tem o direito de tomar partido no processo de sua sucessão - até inventando, como fez, uma candidata. Porém, como presidente da República e chefe de Estado deste grande e bobo País, tem o dever de se comportar com a dignidade e a moderação que seu cargo exige. Não faz isso, por uma questão de caráter.
BOA parte dessa guerra suja, certamente, pode ser debitada à iniciativa irresponsável de militantes extremamente agressivos, de ambos os lados, que, principalmente pela internet, lançam mão das mais torpes mentiras para atacar os adversários. Mas há também o horário gratuito no Rádio e na TV, que nos últimos dias vem sendo usado cada vez mais para veicular ataques e acusações. E assim, tudo considerado, não há como eximir de culpa os responsáveis pela condução das campanhas. É tudo muito lamentável e a constatação a que se acaba chegando, com benevolência, é a de que este é, infelizmente, o tributo que se paga à imaturidade política e à fragilidade dos valores democráticos da sociedade brasileira - problemas que muitos julgavam já superados. Somos, portanto, todos responsáveis.
ESSA responsabilidade, porém, deve ser atribuída com peso proporcional à importância de cada um dos atores da cena política. E é aí que assoma o triste papel que vem desempenhando - na verdade, desde sempre – o vosso presidente da República. Luiz Inácio da Silva (PT-SP), que é, reconhecidamente, quem dá o tom da campanha da candidata governista a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT-RS), não hesita em partir para a agressão sempre que se vê contrariado. E não mede palavras quando parte para o ataque. Nada mais natural, portanto, que seu exemplo de agressividade seja seguido pelos militantes do lullopetismo. Até com agressão física, como a que ocorreu na última Quarta-feira, 20, em Campo Grande (RJ), contra o candidato da Oposição, José Serra (PSDB-SP).
LOGO apos o susto do primeiro turno eleitoral, vosso guia que se considera o inventor do Brasil resolveu partir para o tudo ou nada contra aqueles que elegeu como seus principais inimigos: a Aposição e a Imprensa. Na verdade, ele gosta de achar que uma e outra é a mesma coisa, mas isso faz parte da tática de confundir para dominar.
ESSA semana durante a entrega dos prêmios "As empresas mais admiradas do Brasil", ao qual compareceu a convite da revista semanal promotora do evento, “O-CARA!” desferiu: "Enquanto a classe política não perder o medo da Imprensa, a gente não vai ter liberdade de imprensa neste país. A covardia é muito grande". Pouco lisonjeiro para a "classe política", certamente. Mas qual será o significado real dessa exortação? Mais uma ameaça à Imprensa que não lhe rende loas? De fato, “O-CARA!” tem uma visão muito peculiar de qual deva ser o papel dos veículos de Comunicação de massa. Foto e exaltação à candidata Rousseff na capa do jornal da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – braço sindical do Partido dos Trabalhadores (PT) -, pode. Crítica ao PT na capa da Revista VEJA (Editora Abril) é "acinte à democracia e uma hipocrisia". A indignação do vosso guia parece resultar de que boa parte dos Jornais, Revistas, Rádios e TVs se nega a atender ao pouco que ele pede: "A única coisa que quero que digam é a verdade. Sejam contra ou a favor, mas digam a verdade". Mas, quando cada um tem a sua própria verdade, Luiz Inácio da Silva quer que fiquemos sempre com a ditada por ele e seus “bons companheiros”.
AINDA outro dia, em um comício realizado em Goiânia (GO), ao lado de sua escolhida para governar o Brasil, vosso guia “ensinou”: "Política a gente não pode fazer com ódio, com agressão. Ninguém aguenta mentira. Não tem nada pior do que um político mau caráter, alguém que não colocou um trilho na ferrovia dizer que ele fez a ferrovia", disse, referindo-se ao candidato ao governo do Estado de Goiás, o senador da República Marconi Perillo (PSDB-GO).
É CLARO que não se dá conta de que, partindo para a xingação pura e simples, está liberando os seus "balilas" do Rio de Janeiro (RJ) para a agressão física. Em caso algum se pode admitir que um presidente da República insulte adversários políticos do alto de um palanque eleitoral. No caso de Luiz Inácio da Silva, porém, a coisa é mais grave, considerando-se que se cercando das companhias de que se cercou para constituir maioria no Congresso Nacional – incluindo-se a ai aquela pratica do “Mensalão” denunciada pela Procuradoria-Geral da Justiça ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2006, que autoridade moral tem “O-CARA!” para acusar alguém de mau-caratismo?
É FATO que como cidadão, Luiz Inácio da Silva tem o direito de tomar partido no processo de sua sucessão - até inventando, como fez, uma candidata. Porém, como presidente da República e chefe de Estado deste grande e bobo País, tem o dever de se comportar com a dignidade e a moderação que seu cargo exige. Não faz isso, por uma questão de caráter.
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